São Paulo, quarta-feira, 20 de maio de 2009

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JOAQUIM RODRIGUES ROCHA NETO (1945-2009)

Quim, ponta-direita no futebol de várzea

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Quim era um ícone do futebol de várzea naquela década de 60 em São Paulo, conta o sobrinho Reinaldo. A vida do torneiro mecânico Joaquim Rodrigues Rocha Neto era respirar o esporte. "Excelente" ponta-direita, "jogou pelo Noroeste, pelo Botafogo da Vila Carrão e também pelo Tremendão da Penha", lembra a família.
Sábado e domingo eram dias de dedicação exclusiva ao futebol. Passava as manhãs e as tardes inteiras na pelada, rotina que manteve até pendurar as chuteiras ao chegar aos 40 e poucos anos. O sobrinho se recorda que a paixão de Quim era tão grande pela pelota que, certa vez, quando viajou em lua de mel para Poços de Caldas, em Minas Gerais, deu um jeito de escapulir da mulher para participar de um treino com a equipe da cidade.
Até com o futebol de botão ele se meteu. Aproveitava-se de sua experiência profissional para confeccionar pecinhas para os jogos. "O sonho dele era ter um filho jogador", conta a sobrinha Patrícia. Mas os meninos não se interessaram muito pelo futebol. Aos 50, porém, pôde voltar a ter esperança: teve mais um filho. "O garoto está na escolinha do Corinthians", diz a sobrinha. Quim era são-paulino. Na terça da semana passada, morreu aos 64, vítima de um AVC (acidente vascular cerebral). Deixa quatro filhos e "cinco netos" -já contabilizando o neto que está por vir. A missa de sétimo dia foi ontem à noite, em SP.

obituario@grupofolha.com.br


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