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JOAQUIM RODRIGUES ROCHA NETO (1945-2009)
Quim, ponta-direita no futebol de várzea
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Quim era um ícone do futebol de várzea naquela década de 60 em São Paulo,
conta o sobrinho Reinaldo. A
vida do torneiro mecânico
Joaquim Rodrigues Rocha
Neto era respirar o esporte.
"Excelente" ponta-direita,
"jogou pelo Noroeste, pelo
Botafogo da Vila Carrão e
também pelo Tremendão da
Penha", lembra a família.
Sábado e domingo eram
dias de dedicação exclusiva
ao futebol. Passava as manhãs e as tardes inteiras na
pelada, rotina que manteve
até pendurar as chuteiras ao
chegar aos 40 e poucos anos.
O sobrinho se recorda que
a paixão de Quim era tão
grande pela pelota que, certa
vez, quando viajou em lua de
mel para Poços de Caldas,
em Minas Gerais, deu um jeito de escapulir da mulher para participar de um treino
com a equipe da cidade.
Até com o futebol de botão
ele se meteu. Aproveitava-se
de sua experiência profissional para confeccionar pecinhas para os jogos.
"O sonho dele era ter um
filho jogador", conta a sobrinha Patrícia. Mas os meninos não se interessaram
muito pelo futebol. Aos 50,
porém, pôde voltar a ter esperança: teve mais um filho.
"O garoto está na escolinha
do Corinthians", diz a sobrinha. Quim era são-paulino.
Na terça da semana passada, morreu aos 64, vítima de
um AVC (acidente vascular
cerebral). Deixa quatro filhos e "cinco netos" -já contabilizando o neto que está
por vir. A missa de sétimo dia
foi ontem à noite, em SP.
obituario@grupofolha.com.br
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