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Gerente da TAM tentou salvar duas pessoas antes de morrer
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Uma das vítimas identificadas ontem pelo IML, o gerente
de carga José Antonio Rodrigues Santos Silva, 50, estava havia 30 anos na TAM e fez contato com a mulher, Gisele, minutos após o acidente.
Segundo seu filho Vítor, 24,
ele ligou para avisar que um
avião havia batido no prédio e
que estava socorrendo colegas.
O contato foi perdido em seguida. "Meu pai ficou para trás por
opção", disse à Folha Vítor, filho do primeiro casamento de
Silva. "O que ele mais fez neste
acidente foi o que ele sempre
fez pela gente. Sempre buscou
deixar a gente confortável."
O corpo de Silva foi liberado
na noite de ontem pelo IML,
cujo laudo apontou parada cardiorrespiratória como causa da
morte. "Em função da fumaça,
de muito monóxido de carbono, ele não resistiu à fumaça e
caiu", disse Fred Mauro, 47, irmão de Silva. O corpo seguiu
por volta das 21h para o cemitério Congonhas onde seria velado. O sepultamento estava
marcado para hoje às 11h.
Questionado se servia de
conforto o fato do irmão ser
considerado um herói, negou:
"Preferia que fosse um covarde
vivo, não um herói [morto]."
Umas das colegas que Silva
teria tentado ajudar é Michele
Dias Miranda, que foi enterrada ontem. Outra é Elaine Tavares da Silva, que estava de plantão no trabalho e secretariava o
gerente Marcos Curti - ambos
estão na lista de desaparecidos.
(DENISE BRITO)
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