São Paulo, sexta-feira, 20 de julho de 2007

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Crise freia crescimento de viagens aéreas

JULIO WIZIACK
TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL

As empresas que dependem do turismo já estavam preocupadas antes do acidente com o jato da TAM. Agora, estão alarmadas. Estudo inédito da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) mostra que o ritmo de crescimento do fluxo de passageiros nos aeroportos brasileiros está em queda livre.
A pesquisa usou dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) que consideram o número de passageiros por quilômetro voado. Nos primeiros cinco meses deste ano, o total de estrangeiros em visita ao Brasil foi 33% menor do que no mesmo período de 2006, chegando a 6,5 milhões. Nesse período, o total de brasileiros em viagens domésticas passou dos 18 milhões com um crescimento de cerca de 13,6%. No entanto, a alta foi menor que o crescimento de 18% registrado de janeiro a maio de 2006.
Segundo Wilson Abrahão Rabahy, um dos autores do estudo, os fatores psicológicos causados pelo acidente entre os jatos Legacy e o Boeing da Gol, em setembro de 2006, e o caos aéreo instaurado nos aeroportos foram os responsáveis pelo desaquecimento do setor.
Mauro Schwartzmann, presidente do Favecc (Fórum das Agências de Viagens Especializadas em Contas Comerciais), diz que, de cada dez executivos, três deixarão de voar neste ano.
Com menos passageiros e com custos fixos altos, as companhias aéreas terão duas escolhas: reduzir o número de vôos -e devolver aviões- ou fazer um "guerra de tarifas" para evitar voar com assentos vazios.


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