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Crise freia crescimento de viagens aéreas
JULIO WIZIACK
TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL
As empresas que dependem
do turismo já estavam preocupadas antes do acidente com o
jato da TAM. Agora, estão alarmadas. Estudo inédito da Fipe
(Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) mostra que o
ritmo de crescimento do fluxo
de passageiros nos aeroportos
brasileiros está em queda livre.
A pesquisa usou dados da
Anac (Agência Nacional de
Aviação Civil) que consideram
o número de passageiros por
quilômetro voado. Nos primeiros cinco meses deste ano, o total de estrangeiros em visita ao
Brasil foi 33% menor do que no
mesmo período de 2006, chegando a 6,5 milhões. Nesse período, o total de brasileiros em
viagens domésticas passou dos
18 milhões com um crescimento de cerca de 13,6%. No entanto, a alta foi menor que o crescimento de 18% registrado de janeiro a maio de 2006.
Segundo Wilson Abrahão
Rabahy, um dos autores do estudo, os fatores psicológicos
causados pelo acidente entre os
jatos Legacy e o Boeing da Gol,
em setembro de 2006, e o caos
aéreo instaurado nos aeroportos foram os responsáveis pelo
desaquecimento do setor.
Mauro Schwartzmann, presidente do Favecc (Fórum das
Agências de Viagens Especializadas em Contas Comerciais),
diz que, de cada dez executivos,
três deixarão de voar neste ano.
Com menos passageiros
e com custos fixos altos, as
companhias aéreas terão duas
escolhas: reduzir o número de
vôos -e devolver aviões- ou
fazer um "guerra de tarifas" para evitar voar com assentos
vazios.
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