São Paulo, quarta-feira, 20 de julho de 2011

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Parquinhos se multiplicam sem nenhuma fiscalização

LUCIANO BOTTINI FILHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O mercado de bufês infantis com parques de diversão vem crescendo em São Paulo sem que esses estabelecimentos sejam fiscalizados.
A prefeitura diz que cabe aos próprios bufês cuidar da segurança dos brinquedos.
Não existe regra municipal, afirma, que trate dos equipamentos instalados na parte interna desses espaços.
Segundo a Associação de Empresas de Bufê Infantil, há quase 900 estabelecimentos do gênero na cidade.
A entidade, com 90 associados, verificou que o mercado cresceu na cidade 3,5% no semestre. A maior alta foi 12%, entre 2008 e 2009.
Representante da entidade, Adriano Chiófalo diz que é preciso tornar obrigatório um atestado dado por um engenheiro, válido por seis meses, que garanta as boas condições do brinquedo.
"Não existe lei que especifique qual brinquedo deve ter um ART (atestado de responsabilidade técnica) que certifique a segurança", diz.
Em março, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e a Adibra (Associação das Empresas de Parques de Diversões do Brasil) lançaram Normas Brasileiras para Parques de Diversões.
As normas, porém, não valem como lei. São apenas um parâmetro de orientação.
"Nossos associados foram comunicados e o mercado está se adaptando. Mas nossa função não é fiscalizar", afirma Chiófalo. O bufê onde ocorreu o acidente, segundo ele, não é da entidade.
O empresário Leandro Tavares diz que há forte demanda por brinquedos grandes. "Cinco anos atrás, bastava cama elástica e piscina de bolinhas. Hoje querem um elevador em queda livre."


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