São Paulo, terça-feira, 20 de agosto de 2002

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EUA suspendem pesquisa sobre reposição hormonal masculina

DO "NEW YORK TIMES"

O governo americano suspendeu, no mês passado, um estudo sobre a terapia de reposição hormonal, afirmando que o tratamento parecia causar mais danos do que melhoras.
Mas, enquanto essa medida produziu manchetes de jornais e sobressaltos em mulheres, poucas pessoas notaram que, semanas antes, o governo decidiu também não ir adiante num outro estudo sobre reposição hormonal -em homens mais velhos.
O hormônio em questão é a testosterona e seu uso está aumentando nos Estados Unidos. No ano passado, médicos prescreveram 1,5 milhão de receitas de testosterona e drogas similares, contra 806 mil em 1997. O hormônio vem sendo divulgado como um possível antídoto para o envelhecimento e um meio de obter um corpo magro e musculoso.
Mas, enquanto uma teoria diz que a testosterona pode ajudar a conter os efeitos do envelhecimento -perda de ossos e músculos, diminuição da libido-, isso nunca havia sido demonstrado em um amplo teste clínico.
A terapia se apóia em observações conhecidas: à medida que os homens envelhecem, os níveis de testosterona declinam; ao mesmo tempo, podem experimentar sintomas de envelhecimento.
Em homens mais jovens em condições médicas que os deixem sem testosterona, tais sintomas desaparecem quando eles tomam a droga. Então, alguns médicos perguntam: por que não dá-la também a homens mais velhos?
Mas o hormônio pode provocar o aparecimento do câncer de próstata e aumentar o risco de ataques cardíacos e derrames.
Esses riscos, mais as preocupações sobre o custo (US$ 110 milhões), levaram o governo dos EUA a desistir, em junho, de uma pesquisa de seis anos sobre os riscos e os benefícios do tratamento.


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