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EUA suspendem pesquisa sobre reposição hormonal masculina
DO "NEW YORK TIMES"
O governo americano suspendeu, no mês passado, um estudo
sobre a terapia de reposição hormonal, afirmando que o tratamento parecia causar mais danos
do que melhoras.
Mas, enquanto essa medida
produziu manchetes de jornais e
sobressaltos em mulheres, poucas
pessoas notaram que, semanas
antes, o governo decidiu também
não ir adiante num outro estudo
sobre reposição hormonal -em
homens mais velhos.
O hormônio em questão é a testosterona e seu uso está aumentando nos Estados Unidos. No
ano passado, médicos prescreveram 1,5 milhão de receitas de testosterona e drogas similares, contra 806 mil em 1997. O hormônio
vem sendo divulgado como um
possível antídoto para o envelhecimento e um meio de obter um
corpo magro e musculoso.
Mas, enquanto uma teoria diz
que a testosterona pode ajudar a
conter os efeitos do envelhecimento -perda de ossos e músculos, diminuição da libido-, isso
nunca havia sido demonstrado
em um amplo teste clínico.
A terapia se apóia em observações conhecidas: à medida que os
homens envelhecem, os níveis de
testosterona declinam; ao mesmo
tempo, podem experimentar sintomas de envelhecimento.
Em homens mais jovens em
condições médicas que os deixem
sem testosterona, tais sintomas
desaparecem quando eles tomam
a droga. Então, alguns médicos
perguntam: por que não dá-la
também a homens mais velhos?
Mas o hormônio pode provocar
o aparecimento do câncer de
próstata e aumentar o risco de
ataques cardíacos e derrames.
Esses riscos, mais as preocupações sobre o custo (US$ 110 milhões), levaram o governo dos EUA a desistir, em junho, de uma pesquisa de seis anos sobre os riscos e os benefícios do tratamento.
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