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SAÚDE PRIVADA
Empresa pode recorrer à própria agência nacional e ir à Justiça contra decisão que a pune por reajustes
Bradesco leva multa de R$ 32,2 milhões
DA REPORTAGEM LOCAL
A seguradora de saúde Bradesco foi multada em R$ 32,2 milhões por ter feito reajustes em
planos anteriores a 1999 fora do
que estava previsto nos contratos.
É o maior valor global já cobrado
pela Agência Nacional de Saúde
Suplementar de uma operadora
do setor por irregularidades.
A empresa pode recorrer ainda
à diretoria colegiada da ANS, órgão fiscalizador, ou ainda assinar
um termo de compromisso de
ajuste de conduta -o que suspenderia a cobrança, explica Maria Stella Gregori, diretora de fiscalização da agência. E, além dos
recursos administrativos, poderá
apelar ao Judiciário.
No total, foram aplicadas 46
multas, uma para cada tipo de
plano que sofreu aumento.
A Bradesco Saúde justifica os
reajustes de até 82% com liminar
concedida pelo STF (Supremo
Tribunal Federal) em agosto do
ano passado que suspendeu a validade de itens da Lei dos Planos
de Saúde (9.656/98), como o controle de aumentos pelo governo
para planos anteriores a ela.
As operadoras entendem que
têm direito de cobrar custos do
passado que não puderam ser repassados aos clientes em razão do
controle de preços que era praticado pelo governo.
Já a ANS entende que só pode
ser cobrada a variação de 2003 a
2004, porque é um reajuste anual.
A agência, junto com a Advocacia Geral da União, obteve liminar
que restringe a 11,75% o reajuste
deste ano -valor autorizado pelo
governo. Basearam-se no Código
de Defesa do Consumidor, apontando que os aumentos são unilaterais, nebulosos, e que, por isso,
quebram o equilíbrio do contrato.
Segundo Gregori, outras 20 empresas poderão ser multadas.
(FABIANE LEITE)
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