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Satélite irá localizar celulares de criminosos
DA REPORTAGEM LOCAL
A polícia paulista vai contar
com uma nova tecnologia para
combater o PCC: o uso de satélite para localizar células criminosas na cidade.
É um equipamento emprestado pela Polícia Federal -que
o utiliza desde 2003- e já foi
testado por exércitos de vários
países, entre eles Estados Unidos e Israel. Na prática, permite
localizar com bastante precisão
(margem de erro de poucos
metros) e em tempo real onde
está um telefone celular usado
por um bandido, o que pode levar a identificar o restante da
organização criminosa.
Para entender como funciona a localização por satélite,
imagine a situação hipotética
em que a polícia desconfia que
um homem, o senhor X, é
membro de uma organização
criminosa como o PCC.
A suspeita começou depois
que um grampo telefônico captou conversa entre ele e um outro homem que está preso.
Através das companhias telefônicas, é possível descobrir o número do celular do senhor X.
Identificado o celular a ser
seguido, a polícia aciona o satélite. Ele consegue apontar a localização desse telefone em
qualquer região da cidade com
a utilização das torres de transmissão.
A informação é repassada a
um aparelho de GPS, que faz a
leitura das coordenadas geográficas. Cruzando a longitude
e a latitude apontadas no GPS
com os mapas da cidade, é possível saber onde se encontra o
celular e seu dono.
Essa tecnologia é semelhante
à utilizada por exércitos para
disparar mísseis contra alvos
selecionados.
Outras ações
Desde os primeiros ataques
do PCC, em maio deste ano, o
governo do Estado fechou diversos convênios com as esferas federal e municipal, principalmente na área de inteligência policial. São projetos com
nomes curiosos (como Phoenix, Fotocrim, Ômega e Guardião, entre outros) e utilidade
prática imediata (ver quadro ao
lado).
O Phoenix e o Fotocrim, por
exemplo, são bancos de dados
com milhões de fotos, vozes e
impressões digitais. Cruzando
informações com boletins de
ocorrência e relatos de crimes a
polícia consegue identificar autores de crimes.
Já o Guardião e o Ômega permitem a entrada de sistemas de
interceptação telefônica e a
checagem entre diferentes
bancos de dados.
"Os órgãos de segurança de
todo o país estão trocando informações e abrindo seus bancos de dados. Aprendendo a lidar com esses novos instrumentos tecnológicos nós vamos para o enfrentamento", diz
o secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando
Corrêa.
Ainda na área da tecnologia
contra o crime a prefeitura
paulistana inaugurou no final
de julho a Central de Monitoramento da Guarda Civil Metropolitana.
Serão 13 câmeras de vídeo
monitorando ruas da região
central da cidade, em lugares
como o Vale do Anhangabaú, o
centro histórico e a Nova Luz.
Até o final deste mês serão 35
câmeras.
Lavagem de dinheiro
Na última sexta-feira foi fechado novo acordo entre os órgãos de governo com o objetivo
de combater a lavagem de dinheiro. As autoridades passarão a investigar a movimentação bancária de pessoas ligadas
ao PCC como estratégia para
estancar as fontes de financiamento e bloquear o dinheiro da
facção criminosa.
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