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Após 4 anos livre do sarampo, país tem casos da doença
Doença foi confirmada no Pará e no Rio Grande do Sul,
mas governo diz que ela não foi originada no Brasil
Alguns casos ainda não
foram confirmados;
segundo órgãos da
saúde, nenhum dos
doentes era vacinado
DE BELÉM
DE SÃO PAULO
Casos de sarampo foram
confirmados no Pará e no Rio
Grande do Sul, deixando em
alerta autoridades de saúde.
O país não registrava casos
desde 2006, segundo o Ministério da Saúde.
Nos dois Estados, os governos dizem que a doença
não foi originada no Brasil. O
último caso autóctone -que
teve origem no país- ocorreu há dez anos.
No Pará, as vítimas são
três irmãos que têm entre 19 e
26 anos, segundo a Secretaria Estadual da Saúde.
Nenhum deles viajou para
fora do país antes dos sintoma aparecerem. Também
não eram vacinados.
A Coordenação de Vigilância em Saúde da secretaria foi
avisada do primeiro suspeito
no dia 28 de julho -o caso já
foi confirmado. Ao investigar
esse, descobriu sintomas da
doença nos outros dois.
A secretaria diz que ainda
investiga a origem da contaminação, mas descarta a possibilidade de ser autóctone.
Isso porque, segundo análises da Fundação Oswaldo
Cruz, o vírus que contaminou
os irmãos foi reconhecido como o mesmo tipo que circula
em outros continentes, como
Europa, África e Oceania.
No Rio Grande do Sul, dois
casos foram confirmados ontem pela Secretaria da Saúde, após 11 anos sem registros da doença no Estado.
Outras duas suspeitas ainda
estão sendo investigadas.
BUENOS AIRES
Duas irmãs que viajaram
para Buenos Aires contraíram o sarampo entre os dias
22 e 28 de julho. Elas não estavam imunizadas, por terem alergia. De volta ao país,
apresentaram os sintomas e
foram isoladas na UTI. Ambas passam bem.
A Secretaria da Saúde está
monitorando os casos. Passageiros que estiveram no
voo Gol-7651, vindo da Argentina em 28 de julho, devem ficar atentos.
Segundo a divisão de Vigilância Epidemiológica do Rio
Grande do Sul, não há risco
de epidemia, mas todos que
tiveram contato com as meninas serão monitorados.
O Ministério da Saúde afirma que já está tomando providências, mas ainda aguarda exames de confirmação
dos casos em laboratórios de
referência nacional.
(JOÃO CARLOS MAGALHÃES e ELIDA OLIVEIRA)
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