São Paulo, sexta-feira, 20 de agosto de 2010

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Após 4 anos livre do sarampo, país tem casos da doença

Doença foi confirmada no Pará e no Rio Grande do Sul, mas governo diz que ela não foi originada no Brasil

Alguns casos ainda não foram confirmados; segundo órgãos da saúde, nenhum dos doentes era vacinado

DE BELÉM
DE SÃO PAULO

Casos de sarampo foram confirmados no Pará e no Rio Grande do Sul, deixando em alerta autoridades de saúde. O país não registrava casos desde 2006, segundo o Ministério da Saúde.
Nos dois Estados, os governos dizem que a doença não foi originada no Brasil. O último caso autóctone -que teve origem no país- ocorreu há dez anos.
No Pará, as vítimas são três irmãos que têm entre 19 e 26 anos, segundo a Secretaria Estadual da Saúde.
Nenhum deles viajou para fora do país antes dos sintoma aparecerem. Também não eram vacinados.
A Coordenação de Vigilância em Saúde da secretaria foi avisada do primeiro suspeito no dia 28 de julho -o caso já foi confirmado. Ao investigar esse, descobriu sintomas da doença nos outros dois.
A secretaria diz que ainda investiga a origem da contaminação, mas descarta a possibilidade de ser autóctone.
Isso porque, segundo análises da Fundação Oswaldo Cruz, o vírus que contaminou os irmãos foi reconhecido como o mesmo tipo que circula em outros continentes, como Europa, África e Oceania.
No Rio Grande do Sul, dois casos foram confirmados ontem pela Secretaria da Saúde, após 11 anos sem registros da doença no Estado. Outras duas suspeitas ainda estão sendo investigadas.

BUENOS AIRES
Duas irmãs que viajaram para Buenos Aires contraíram o sarampo entre os dias 22 e 28 de julho. Elas não estavam imunizadas, por terem alergia. De volta ao país, apresentaram os sintomas e foram isoladas na UTI. Ambas passam bem.
A Secretaria da Saúde está monitorando os casos. Passageiros que estiveram no voo Gol-7651, vindo da Argentina em 28 de julho, devem ficar atentos.
Segundo a divisão de Vigilância Epidemiológica do Rio Grande do Sul, não há risco de epidemia, mas todos que tiveram contato com as meninas serão monitorados.
O Ministério da Saúde afirma que já está tomando providências, mas ainda aguarda exames de confirmação dos casos em laboratórios de referência nacional. (JOÃO CARLOS MAGALHÃES e ELIDA OLIVEIRA)


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