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Marta inaugura base comunitária da Guarda Civil na praça da República
DA REPORTAGEM LOCAL
A prefeita Marta Suplicy (PT)
inaugurou ontem uma base comunitária da Guarda Civil Metropolitana na praça da República,
região central da capital paulista.
A base funcionará 24 horas e terá
dez guardas, sendo sete deles fazendo patrulhamento durante o
dia -a pé e com bicicletas- e
mais três no período noturno.
O secretário municipal da Segurança, Benedito Mariano, afirmou que a região central será, para a gestão Marta, "um símbolo de
policiamento preventivo". A opção por bases comunitárias no
centro, explica Mariano, se dá pela importância e pela concentração de pessoas na região.
Até o final do ano, de acordo
com a prefeita, outras três bases
deverão ser instaladas no centro:
nas praças Ramos, Roosevelt e Sé.
O projeto da instalação das bases está dentro do programa de
revitalização da região central,
que vem reformando praças, canteiros e calçadões.
Marta também anunciou que,
até o final de 2003, cada subprefeitura deverá ter pelo menos uma
base em sua região.
Já Mariano afirmou que a inauguração de bases comunitárias
dependerá também do interesse
de cada subprefeito.
"O centro e bairros como São
Miguel Paulista [zona leste", Vila
Prudente [leste" e Capão Redondo [sul" são prioritários para a colocação de bases comunitárias.
Estamos contatando os subprefeitos, que terão de ceder espaços
para essa função", afirmou.
Questionado sobre o fato de não
haver um plano de bases específico para a periferia, Benedito Mariano respondeu que a prioridade
de sua secretaria -criada no final
de julho passado- nessas regiões
é o policiamento escolar "preventivo e permanente".
"Nós vamos fazer também na
periferia, mas nossa prioridade é
um policiamento escolar para dar
segurança para os alunos, pais e
professores", afirmou.
Caminhada
Antes de inaugurar a base comunitária, a prefeita Marta Suplicy caminhou, por cerca de uma
hora, pela rua Barão de Itapetininga, no centro da cidade.
Durante o percurso, de pouco
mais de 250 metros, a prefeita ouviu várias reclamações e, principalmente, pedidos de emprego.
"Prefeita, tá faltando ônibus em
São Mateus", "Marta, me dá um
emprego?", "Posso abraçar a senhora?" "Ela é candidata política
de novo?", foram algumas das
perguntas. A caminhada tinha como objetivo mostrar à prefeita o
novo piso das calçadas do centro
velho. Mas, durante o trajeto,
Marta distribuiu autógrafos (com
um coração desenhado abaixo de
sua assinatura), abraços, conversou com pessoas, discutiu com
camelôs e aproveitou a oportunidade também para fazer campanha para os candidatos do PT.
"Depois que a senhora começou
no governo, ficou mais embaçado
de trabalhar aqui no centro", gritou um camelô. "Vai continuar
embaçado, porque nesta rua não
é local de trabalhar", respondeu
Marta. Ela, porém, evitou passar
pelas ruas transversais à Barão de
Itapetininga, para onde os camelôs acabaram se transferindo.
"O que a senhora vai fazer pelos
moradores de rua? A senhora
prometeu e até agora nada", perguntou o funcionário público Rogério Antônio Camargo, 34.
"Eu estou tentando. Só que lá de
cima, o governo federal, não colabora, né?", retrucou Marta.
"Como nós vamos continuar,
Marta? Não tem emprego", questionou a economista Matilde Raquel, 38. Nesse momento, Marta criticou o governo federal.
(PALOMA COTES)
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