São Paulo, terça-feira, 20 de setembro de 2005

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PANORÂMICA

BUNGEE JUMP


Pai de jovem morta em salto inicia campanha de conscientização em Minas
"Bungee jump está proibido. Seja vivo e pule fora." Dezessete outdoors com a frase acima foram colocados nas ruas de Uberlândia (a 563 km de Belo Horizonte). Eles fazem parte da campanha de conscientização dos riscos do bungee jump organizada pelo engenheiro Lineu Amaro Rodrigues, pai da estudante Letícia Santarém Amaro Rodrigues, 20.
Ela morreu em julho deste ano ao saltar de um pontilhão ferroviário em Araguari (a 558 km de BH). O equipamento usado pela estudante rompeu.
"[A campanha] é um alerta. Eu não quero entrar no mérito da proibição ou não [do bungee jump]. Estou conversando com as pessoas, com deputados e com amigos da área de publicidade, que se engajaram na campanha", disse Rodrigues.
Milhares de panfletos que explicam a proibição da prática do bungee jump estão sendo distribuídos em Uberlândia.
Os saltos de bungee jump não são regulamentados no país e não estão sujeitos à fiscalização.
Após a morte da estudante, o Corpo de Bombeiros em Uberlândia, que abrange 52 municípios da região, anunciou que não iria permitir novos saltos.
De acordo com o tenente-coronel Hermes Antônio Pereira, a proibição tem como base a legislação que impede a obstrução de estradas de ferro. "A lei proíbe a interrupção de via férrea. Nós não vamos fazer vista grossa e fingir que isso não acontece. Além disso, há o risco iminente de morte", disse Pereira.
Em agosto, o instrutor que acompanhou o salto de Letícia e o empresário que organizou o evento foram indiciados por homicídio pela Polícia Civil.
"Que sirva de exemplo para que as pessoas não promovam o esporte sem saber exatamente do risco que estão expondo outras pessoas", disse o pai da estudante. (DA AGÊNCIA FOLHA)


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