São Paulo, terça-feira, 20 de setembro de 2005

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EDUCAÇÃO

Paralisação prejudica serviços como os bandejões e o ônibus circular; professores e alunos encerraram movimento

Funcionários da USP decidem manter greve

DA REPORTAGEM LOCAL

Os funcionários do campus central da USP decidiram ontem, em assembléia, manter a greve, que começou no dia 25 do mês passado. Eles querem pressionar os deputados estaduais a derrubar o veto do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), ao mecanismo que poderia gerar mais recursos para a educação.
Ontem, os docentes retornaram ao trabalho. Em votação realizada na última sexta-feira, eles resolveram suspender a paralisação.
Os estudantes do campus central decidiram ontem à noite, em assembléia, encerrar a greve. Em Ribeirão Preto, alunos e funcionários mantiveram a paralisação.
A greve dos funcionários prejudica serviços como os restaurantes universitários (bandejões) e o ônibus circular, que não estão funcionando. Também há problemas em bibliotecas e em atividades administrativas.
Para o diretor do Sintusp (Sindicato dos Servidores da USP) Magno de Carvalho o confronto na Assembléia Legislativa entre policiais militares e manifestantes fez com que os funcionários decidissem manter a paralisação.
"Com a volta dos professores, o comando de greve achava que a votação iria decidir pelo retorno às atividades", disse Carvalho.
Na última quarta, alunos e servidores das universidades não conseguiram entrar na Assembléia para pressionar os deputados. Em protesto, tentaram fechar a avenida Pedro Álvares Cabral.
A polícia militar reagiu com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral. Ao menos cinco alunos ficaram feridos.
Os docentes dos campi da Unesp que estavam paralisados (Assis, Bauru e Marília) também decidiram retornar ao trabalho. Porém, como os professores da USP, eles afirmam que vão continuar a pressionar os deputados.
Alunos, docentes e funcionários da USP, da Unesp, da Unicamp e da Fatec querem que a Assembléia derrube o veto de Alckmin ao item da Lei de Diretrizes Orçamentárias que amplia de 30% para 31% do Orçamento a verba vinculada (fixa) à educação.
A elevação significaria cerca de R$ 470 milhões, que seriam divididos entre universidades, ensino tecnológico e básico.
Alckmin diz que a nova vinculação engessaria o Orçamento e prejudicaria outros setores, pois a verba extra teria de ser retirada de outras áreas do governo.
Apesar da pressão, o tema ainda não foi votado porque os partidos da oposição precisam do apoio de parte da base governista, o que ainda não ocorreu.

PUC
Estudantes, funcionários e professores da PUC-SP fazem hoje uma paralisação para protestar contra a demissão de 32 de seus 1.400 funcionários. Desde o final do ano passado, cerca de 70 funcionários foram desligados.


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