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EDUCAÇÃO
Paralisação prejudica serviços como os bandejões e o ônibus circular; professores e alunos encerraram movimento
Funcionários da USP decidem manter greve
DA REPORTAGEM LOCAL
Os funcionários do campus
central da USP decidiram ontem,
em assembléia, manter a greve,
que começou no dia 25 do mês
passado. Eles querem pressionar
os deputados estaduais a derrubar o veto do governador de São
Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB),
ao mecanismo que poderia gerar
mais recursos para a educação.
Ontem, os docentes retornaram
ao trabalho. Em votação realizada
na última sexta-feira, eles resolveram suspender a paralisação.
Os estudantes do campus central decidiram ontem à noite, em
assembléia, encerrar a greve. Em
Ribeirão Preto, alunos e funcionários mantiveram a paralisação.
A greve dos funcionários prejudica serviços como os restaurantes universitários (bandejões) e o
ônibus circular, que não estão
funcionando. Também há problemas em bibliotecas e em atividades administrativas.
Para o diretor do Sintusp (Sindicato dos Servidores da USP)
Magno de Carvalho o confronto
na Assembléia Legislativa entre
policiais militares e manifestantes
fez com que os funcionários decidissem manter a paralisação.
"Com a volta dos professores, o
comando de greve achava que a
votação iria decidir pelo retorno
às atividades", disse Carvalho.
Na última quarta, alunos e servidores das universidades não
conseguiram entrar na Assembléia para pressionar os deputados. Em protesto, tentaram fechar
a avenida Pedro Álvares Cabral.
A polícia militar reagiu com
bombas de gás lacrimogêneo e de
efeito moral. Ao menos cinco alunos ficaram feridos.
Os docentes dos campi da
Unesp que estavam paralisados
(Assis, Bauru e Marília) também
decidiram retornar ao trabalho.
Porém, como os professores da
USP, eles afirmam que vão continuar a pressionar os deputados.
Alunos, docentes e funcionários
da USP, da Unesp, da Unicamp e
da Fatec querem que a Assembléia derrube o veto de Alckmin
ao item da Lei de Diretrizes Orçamentárias que amplia de 30% para 31% do Orçamento a verba vinculada (fixa) à educação.
A elevação significaria cerca de
R$ 470 milhões, que seriam divididos entre universidades, ensino
tecnológico e básico.
Alckmin diz que a nova vinculação engessaria o Orçamento e
prejudicaria outros setores, pois a
verba extra teria de ser retirada de
outras áreas do governo.
Apesar da pressão, o tema ainda
não foi votado porque os partidos
da oposição precisam do apoio de
parte da base governista, o que
ainda não ocorreu.
PUC
Estudantes, funcionários e professores da PUC-SP fazem hoje
uma paralisação para protestar
contra a demissão de 32 de seus
1.400 funcionários. Desde o final
do ano passado, cerca de 70 funcionários foram desligados.
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