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Para evitar a longa espera, descendentes com dinheiro e tempo vão direto à Itália
EM SÃO PAULO
Quem não quer esperar a fila
dos consulados pode buscar direto à fonte. Brasileiros descendentes de italianos, com dinheiro e tempo, têm morado alguns meses na Itália até obter o
reconhecimento da cidadania
em alguma das aproximadamente 8.500 "comuni" (cidades, vilarejos) italianas.
Só neste ano, o consulado em
São Paulo concedeu em torno
de 2.000 declarações para finalizar processos de brasileiros
que viajaram até a Itália a fim
de obter a cidadania. No ano
passado, foram 3.115 casos.
O interessado deve conseguir
residência fixa na Itália e precisa morar, em média, três meses. Há guardas da "comune"
que checam se o indivíduo mora mesmo naquele endereço.
Existem também escritórios
especializados que assumem
todo o serviço para o cliente,
como a Girello Associados. Eles
cuidam desde a documentação
original e tradução até passagem, moradia e alimentação no
período que durar o processo
de cidadania. Os custos chegam
a R$ 20 mil, segundo a advogada Andrea Girello.
Foi o caminho escolhido pelo
empresário Alvimar da Rocha
Júnior, 29. Ele passou quatro
anos procurando a certidão de
nascimento do bisavô, Giovanni Zeneri. Contratou o escritório. Em fevereiro, foi para a Itália e o processo saiu em junho.
"Valeu a pena. Tenho negócios
na Europa e precisava da cidadania. Muitos esperam oito
anos e eu, quatro meses."
(JC)
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