São Paulo, sábado, 20 de setembro de 2008

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Para evitar a longa espera, descendentes com dinheiro e tempo vão direto à Itália

EM SÃO PAULO

Quem não quer esperar a fila dos consulados pode buscar direto à fonte. Brasileiros descendentes de italianos, com dinheiro e tempo, têm morado alguns meses na Itália até obter o reconhecimento da cidadania em alguma das aproximadamente 8.500 "comuni" (cidades, vilarejos) italianas.
Só neste ano, o consulado em São Paulo concedeu em torno de 2.000 declarações para finalizar processos de brasileiros que viajaram até a Itália a fim de obter a cidadania. No ano passado, foram 3.115 casos.
O interessado deve conseguir residência fixa na Itália e precisa morar, em média, três meses. Há guardas da "comune" que checam se o indivíduo mora mesmo naquele endereço.
Existem também escritórios especializados que assumem todo o serviço para o cliente, como a Girello Associados. Eles cuidam desde a documentação original e tradução até passagem, moradia e alimentação no período que durar o processo de cidadania. Os custos chegam a R$ 20 mil, segundo a advogada Andrea Girello.
Foi o caminho escolhido pelo empresário Alvimar da Rocha Júnior, 29. Ele passou quatro anos procurando a certidão de nascimento do bisavô, Giovanni Zeneri. Contratou o escritório. Em fevereiro, foi para a Itália e o processo saiu em junho. "Valeu a pena. Tenho negócios na Europa e precisava da cidadania. Muitos esperam oito anos e eu, quatro meses." (JC)


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