|
Texto Anterior | Índice
Foco
Padre pinta fachada de igreja tombada sem aval do órgão do patrimônio
MICHELE CARVALHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
RIBEIRÃO
A pintura da fachada da
igreja de Santo Antonio,
templo centenário tombado
em fevereiro deste ano por
causa de seu valor histórico,
se transformou em alvo de
polêmica entre o cônego
Celso Luís Biffi e o Comphara (Conselho Municipal do
Patrimônio Histórico e Arquitetônico de Araraquara).
A pintura foi feita com recursos obtidos por meio de doações feitas por fiéis.
O padre pintou listras verticais nas cores salmão e rosa
na fachada da igreja -as paredes externas do templo,
que completou 100 anos neste ano, eram originalmente
brancas, cor que sobreviveu
nas laterais e na parte dos
fundos. Segundo Oswaldo
Romio Zaniollo, presidente
do Comphara, a pintura foi
feita sem autorização.
Para Biffi, a polêmica é um
mal-entendido criado pelo
Comphara, já que a igreja pediu orientações sobre a pintura. "Como não tive retorno, deixei expostas duas opções para que os fiéis escolhessem a cor." Ele disse que
deseja manter um bom relacionamento com o conselho,
já que é um dos interessados
na preservação da paróquia.
Segundo Zaniollo, o padre
pediu informalmente orientações sobre a restauração
da igreja, mas não mencionou a pintura. "Além de não
informar, a escolha da cor é
inadequada e tira a identidade histórica do local", disse.
Segundo ele, o Comphara
está elaborando um estudo
para restaurar toda a igreja
que inclui a pintura original.
"Somente após a conclusão
do estudo é que vamos poder
autorizar ou não algum tipo
de pintura", disse Zaniollo.
Texto Anterior: Frases Índice
|