São Paulo, domingo, 20 de setembro de 2009

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Metrô registra 2 acidentes por dia em escada rolante

Número está em queda e, segundo a companhia, 90% das ocorrências são leves

Empresa diz ser possível adotar velocidade mais alta nos equipamentos com segurança e em condição de conforto dos passageiros

Joel Silva/ Folha Imagem
Passageiros na estação Ipiranga; metrô registra quase dois acidentes por dia nas escadas rolantes

DA REPORTAGEM LOCAL

O Metrô de São Paulo registra quase dois acidentes por dia com passageiros nas escadas rolantes de toda a sua rede.
Mas a quantidade de casos vem caindo nos últimos anos e, segundo a empresa, 90% deles são de pequena gravidade -como tropeções e quedas sem qualquer ferimento relevante.
A média dessas ocorrências por milhão de usuários transportados, que era de 0,81 em 2007, está neste ano em 0,69.
O Metrô afirma que os testes realizados mostraram ser possível adotar a velocidade de 0,75 metros por segundo nas escadas rolantes "com segurança" e mantendo uma condição de conforto aos passageiros.
O gerente de operações do Metrô, Wilmar Fratini, afirma que os incidentes caíram após a instalação de pequenas escovas laterais nos degraus -para impedir que alguém prenda os cadarços dos sapatos ou as roupas nos vãos das escadas.
Também foram realizadas campanhas educativas sobre como se comportar nas escadas rolantes. Entre as dicas: utilizar os corrimãos como apoio e se manter do lado direito do degrau para dar passagem para quem estiver com pressa -e quiser seguir pela esquerda.
Um funcionário do Metrô relatou à reportagem que, nos últimos anos, um acidente considerado relevante ocorreu devido à inversão repentina na trajetória de uma escada rolante -que provocou a queda dos passageiros, um dos quais obteve indenização na Justiça.

Fluxo
A velocidade de 0,75 m/s nas novas escadas rolantes deve permitir um fluxo de até 13.500 passageiros por hora, 50% mais do que os 9.000 por hora nos equipamentos com 0,5 m/s.
O Metrô cita Londres, Paris e Madri como exemplo de redes que também estão adotando esse patamar mais veloz nas estações mais novas. "É um padrão moderno. O usuário quer a viagem cada vez mais rápida", defende Wilmar Fratini.
O aumento da velocidade foi pensado inicialmente para a Alto do Ipiranga devido às peculiaridades da estação, como a existência de quatro níveis de escada até chegar à plataforma.
O total de escadas rolantes em toda a rede do metrô é hoje de 456, mas há quatro estações que não possuem os equipamentos até hoje: Santa Cecília, Parada Inglesa, Jardim São Paulo e Tucuruvi. A companhia alega que, nesses casos, há um desnível pequeno para a subida dos degraus -e que todas têm elevadores para deficientes.
As linhas 2-verde, 3-vermelha e 5-lilás têm elevadores em todas as estações, mas as condições de acessibilidade ainda são restritas na linha 1-azul, a mais antiga do sistema. Luz e Sé, por exemplo, que estão entre as mais movimentadas, só têm elevadores nas plataformas, e não nos acessos (que, segundo a companhia, estão em fase de instalação). (ALENCAR IZIDORO)


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