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Metrô registra 2 acidentes por dia em escada rolante
Número está em queda e, segundo a companhia, 90% das ocorrências são leves
Empresa diz ser possível adotar velocidade mais alta nos equipamentos com segurança e em condição de conforto dos passageiros
Joel Silva/ Folha Imagem
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Passageiros na estação Ipiranga; metrô registra quase dois acidentes por dia nas escadas rolantes
DA REPORTAGEM LOCAL
O Metrô de São Paulo registra quase dois acidentes por dia
com passageiros nas escadas
rolantes de toda a sua rede.
Mas a quantidade de casos
vem caindo nos últimos anos e,
segundo a empresa, 90% deles
são de pequena gravidade -como tropeções e quedas sem
qualquer ferimento relevante.
A média dessas ocorrências
por milhão de usuários transportados, que era de 0,81 em
2007, está neste ano em 0,69.
O Metrô afirma que os testes
realizados mostraram ser possível adotar a velocidade de
0,75 metros por segundo nas
escadas rolantes "com segurança" e mantendo uma condição
de conforto aos passageiros.
O gerente de operações do
Metrô, Wilmar Fratini, afirma
que os incidentes caíram após a
instalação de pequenas escovas
laterais nos degraus -para impedir que alguém prenda os cadarços dos sapatos ou as roupas
nos vãos das escadas.
Também foram realizadas
campanhas educativas sobre
como se comportar nas escadas
rolantes. Entre as dicas: utilizar
os corrimãos como apoio e se
manter do lado direito do degrau para dar passagem para
quem estiver com pressa -e
quiser seguir pela esquerda.
Um funcionário do Metrô relatou à reportagem que, nos últimos anos, um acidente considerado relevante ocorreu devido à inversão repentina na trajetória de uma escada rolante
-que provocou a queda dos
passageiros, um dos quais obteve indenização na Justiça.
Fluxo
A velocidade de 0,75 m/s nas
novas escadas rolantes deve
permitir um fluxo de até 13.500
passageiros por hora, 50% mais
do que os 9.000 por hora nos
equipamentos com 0,5 m/s.
O Metrô cita Londres, Paris e
Madri como exemplo de redes
que também estão adotando
esse patamar mais veloz nas estações mais novas. "É um padrão moderno. O usuário quer
a viagem cada vez mais rápida",
defende Wilmar Fratini.
O aumento da velocidade foi
pensado inicialmente para a Alto do Ipiranga devido às peculiaridades da estação, como a
existência de quatro níveis de
escada até chegar à plataforma.
O total de escadas rolantes
em toda a rede do metrô é hoje
de 456, mas há quatro estações
que não possuem os equipamentos até hoje: Santa Cecília,
Parada Inglesa, Jardim São
Paulo e Tucuruvi. A companhia
alega que, nesses casos, há um
desnível pequeno para a subida
dos degraus -e que todas têm
elevadores para deficientes.
As linhas 2-verde, 3-vermelha e 5-lilás têm elevadores em
todas as estações, mas as condições de acessibilidade ainda são
restritas na linha 1-azul, a mais
antiga do sistema. Luz e Sé, por
exemplo, que estão entre as
mais movimentadas, só têm
elevadores nas plataformas, e
não nos acessos (que, segundo a
companhia, estão em fase de
instalação).
(ALENCAR IZIDORO)
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