São Paulo, domingo, 20 de setembro de 2009

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Obra de artista argentino é recriada em São Paulo

MARIANA BARROS
DA REPORTAGEM LOCAL

As cores dos tubos metálicos que compõem a escultura "Homenagem a Alceu Amoroso Lima", do artista plástico argentino León Ferrari, se alteram conforme a luz do dia, em tons difíceis de definir. Incertos também são o motivo da homenagem e a trajetória da peça, que na próxima sexta será inaugurada no jardim da biblioteca Alceu Amoroso Lima, na rua Henrique Schaumann, em Pinheiros (zona oeste).
"Já perguntei, mas ele não se lembra mais. Acho que foi uma encomenda", conta Anna Ferrari, 31, neta do artista que, aos 89 anos, afirma já ter se esquecido o motivo da homenagem ao literato, que adotava o pseudônimo de Tristão de Ataíde.
O que se sabe é que o primeiro lugar onde a obra foi instalada foi na praça Alceu Amoroso Lima, entre a marginal Pinheiros e a avenida João Dias (zona sul), em 1983, ano da morte de Lima. E que, em 1990, a escultura foi retirada para que se construíssem as alças do complexo viário João Dias.
Os anos se passaram e a obra se perdeu nos depósitos da prefeitura. Para reparar o descuido, a prefeitura iniciou em 2006 um projeto de reconstrução da peça -com custo de R$ 120 mil.
Anna Ferrari, nascida e criada no Brasil, onde trabalha como arquiteta, recorreu ao avô para resgatar as 19 cores usadas na original.
Os esmaltes foram recriados com a ajuda da arquiteta da prefeitura Rafaela Bernardes. "Muitas vezes tínhamos de parar porque o dia ficava nublado. Com as nuances de luz, não conseguíamos exatidão nas cores", conta.


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