São Paulo, quarta-feira, 20 de outubro de 2010

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Projeto de trem da Luz até Cumbica é suspenso

Estado já gastou R$ 906 mil na elaboração da proposta e de edital

Governo diz aguardar definição sobre terceiro terminal do aeroporto, pois sem ele não se sabe a demanda da linha

DE SÃO PAULO

O governo do Estado gastou R$ 906 mil com o projeto do Expresso Aeroporto, trem que ligaria a Luz (centro de SP) ao aeroporto de Cumbica (Guarulhos), mas que não deve sair do papel.
O dinheiro foi usado na contratação de empresas para a elaboração do projeto funcional, do edital da licitação e na consultoria no processo de obtenção da licença prévia da obra.
A licitação para a concessão do Expresso Aeroporto foi aberta em maio de 2009 e interrompida em agosto, após decisão judicial que suspendeu a licença prévia.
O Estado conseguiu derrubar a liminar, mas não reabriu a licitação para a obra estimada em R$ 1,44 bilhão.
Em nota, o governo diz que não desistiu do projeto, mas que, sem a definição dos detalhes do terceiro terminal de passageiros de Cumbica, por parte do governo federal, não é possível concluir o projeto do Expresso Aeroporto, pois não há definição sobre a demanda de passageiros.
Durante a campanha eleitoral, o governador eleito Geraldo Alckmin (PSDB) deu outra justificativa para não fazer a obra: o trem-bala, projetado pelo governo federal, seria "concorrente" do Expresso Aeroporto.
"Como é que você vai motivar o setor privado a fazer outro investimento paralelo?", disse Alckmin na ocasião.
O trem-bala está sendo projetado para ligar as cidades do Rio, de São Paulo e de Campinas. Entre as paradas estariam os aeroportos de Cumbica e do Campo de Marte (zona norte de São Paulo).
No Expresso Aeroporto, a tarifa máxima prevista para o trecho Luz-Cumbica era de R$ 35. Não está definida a tarifa que seria cobrada no trem-bala para o trecho Campo de Marte-Cumbica.
A ligação sobre trilhos com Cumbica é considerada uma das obras estratégicas para a Copa do Mundo de 2014, pois evitaria que turistas tivessem de trafegar de carro pela marginal Tietê na chegada a São Paulo. (EVANDRO SPINELLI)


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