São Paulo, quarta-feira, 20 de outubro de 2010

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Padre destrói altar do século 17 sem autorização

Igreja de Niterói (RJ) é tombada desde 1995; pároco teria dito que local poderia desabar

ANNA CAROLINA CARDOSO
DO RIO

Do lado de fora da igreja de São Domingos, em Niterói (RJ), não há nada que sugira o que se passa por trás das portas: o pároco responsável pela administração da igreja resolveu fazer uma reforma por conta própria. E deixou um rombo no lugar do altar da construção, do século 17.
Tombada em 1995 pelo Depac, órgão municipal responsável pela manutenção do patrimônio histórico, a igreja foi construída em 1652.
Quando foi tombada, já havia passado por reformas e tinha as características de uma obra feita em 1907.
A Folha apurou que, insatisfeito com a situação do altar -segundo sua avaliação, poderia desabar-, o padre Elídio Robaina resolveu contratar pedreiros e iniciar, na semana passada, as obras.
A arquidiocese de Niterói diz que a obra foi autorizada por ela, mas que o padre é o responsável. Não há orientação de arquiteto ou engenheiro. Procurado, padre Elídio disse não estar preparado para falar sobre o assunto.
O Depac diz que não recebeu pedido de autorização e sequer sabia da reforma. Sem autorização do órgão, qualquer interferência no imóvel é proibida.
A Folha apurou que outros padres que passaram por ali tentaram fazer obras, mas adiaram a restauração por não conseguirem verba.


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