São Paulo, quinta-feira, 20 de outubro de 2011

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'Tenho que fazer curso de detetive', diz dono de bar

LUISA PESSOA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Agora, em vez de eu ser comerciante, tenho que fazer curso de detetive para cumprir a fiscalização que o governo nos passa." Essa é a opinião de Helton Altman, um dos sócios do Filial, na Vila Madalena (zona oeste). Para ele, a nova legislação não muda o rigor que os bares já tinham em relação ao consumo de bebidas por menores, apenas responsabiliza ainda mais empresários.
"Eles [o governo] não têm como fiscalizar esse consumo por falta de quadros e competência e colocam os donos de bares como fiscais", diz.
Apesar de a Abrasel-SP (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) se declarar favorável à Lei Antiálcool, donos de bares e restaurantes ouvidos ontem pela Folha criticaram sua aplicação.
Sócio do bar Posto 6, também na Vila Madalena, Fernando Netto diz acreditar que a lei não vai no caminho certo. "O estabelecimento deve ser responsabilizado, mas também o acompanhante que permite o consumo".
Alberto Lyra, diretor-executivo da ANR (Associação Nacional de Restaurantes), disse que a entidade sempre orienta os associados a cumprir a lei. "Mas ela é complicada. Vamos imaginar um pai com a família no restaurante comprando vinho. O que a lei espera? Que a gente tome a garrafa e expulse a família?".


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