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Italiano reage a assalto em Ipanema e morre atropelado
Turista tentava recuperar o cordão roubado de seu pai quando foi empurrado para a rua onde passava o ônibus
Polícia irá confrontar as digitais achadas na bicicleta usada por ladrão com as de suspeitos; vítima veio para o casamento de um irmão
DA SUCURSAL DO RIO
O turista italiano George Morassi, 28, morreu atropelado
atingido por um ônibus, ontem
à tarde, após ser empurrado pelo ladrão que acabara de roubar
o cordão do pescoço de seu pai
na orla de Ipanema, na zona sul
do Rio de Janeiro.
O assalto aconteceu na esquina da avenida Vieira Souto com
a rua Farme de Amoedo. A polícia já tem nomes de suspeitos.
A vítima passeava pela orla
com os pais e um amigo, quando o criminoso, que estava em
uma bicicleta, roubou o pai dele. Testemunhas relataram
que, no embate com o ladrão,
Morassi tentou puxá-lo pelo
pescoço e recuperar o cordão.
Em seguida, o criminoso revidou com um empurrão, jogando o italiano para o meio da
pista, onde passava o ônibus.
O motorista da Viação Expresso Pégaso, que faz a linha
Santa Cruz-Castelo, tentou
frear, mas acabou atingindo o
turista, que morreu na hora.
Desespero
Ao ver o corpo do jovem jogado na pista, o motorista desceu
do veículo desesperado. Dois
passageiros, que também desceram do ônibus para tentar
ajudar, ficaram transtornados
diante da cena e choraram sentados na calçada.
O assaltante conseguiu fugir,
embora a bicicleta dele tenha
ficado embaixo do ônibus.
Atendentes de um quiosque
disseram que o crime foi muito
rápido. Eles contaram que, minutos antes, Morassi e seus
acompanhantes estavam sentados na mesa do quiosque. Logo depois de pagar a conta, o
grupo saiu em direção ao Leblon, quando um homem surgiu numa bicicleta. Em seguida,
vieram o ônibus e o choque.
Ainda de acordo com testemunhas, o pai, a mãe e o amigo
de Morassi sofreram uma crise
nervosa e tiveram de ser socorridos pelo Corpo de Bombeiros.
Funcionários do Hotel Everest, em Ipanema, contaram
que Morassi chegou com os
pais, um irmão, uma tia e um
casal de amigos ao Brasil, havia
quatro dias, para o casamento
do irmão mais velho, marcado
para o próximo sábado, em Minas Gerais. O grupo ficaria no
Rio até amanhã.
O delegado Fernando Veloso,
da Deat (Delegacia Especial de
Atendimento a Turistas), disse
que a polícia tem alguns nomes
de suspeitos e que pediu para o
Instituto Felix Pacheco confrontar as digitais encontradas
na bicicleta com as dos possíveis assaltantes. Abalada, a família de Morassi não teve condições de fazer o reconhecimento do criminoso.
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