São Paulo, terça-feira, 20 de novembro de 2007

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Italiano reage a assalto em Ipanema e morre atropelado

Turista tentava recuperar o cordão roubado de seu pai quando foi empurrado para a rua onde passava o ônibus

Polícia irá confrontar as digitais achadas na bicicleta usada por ladrão com as de suspeitos; vítima veio para o casamento de um irmão

DA SUCURSAL DO RIO

O turista italiano George Morassi, 28, morreu atropelado atingido por um ônibus, ontem à tarde, após ser empurrado pelo ladrão que acabara de roubar o cordão do pescoço de seu pai na orla de Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro.
O assalto aconteceu na esquina da avenida Vieira Souto com a rua Farme de Amoedo. A polícia já tem nomes de suspeitos.
A vítima passeava pela orla com os pais e um amigo, quando o criminoso, que estava em uma bicicleta, roubou o pai dele. Testemunhas relataram que, no embate com o ladrão, Morassi tentou puxá-lo pelo pescoço e recuperar o cordão.
Em seguida, o criminoso revidou com um empurrão, jogando o italiano para o meio da pista, onde passava o ônibus.
O motorista da Viação Expresso Pégaso, que faz a linha Santa Cruz-Castelo, tentou frear, mas acabou atingindo o turista, que morreu na hora.

Desespero
Ao ver o corpo do jovem jogado na pista, o motorista desceu do veículo desesperado. Dois passageiros, que também desceram do ônibus para tentar ajudar, ficaram transtornados diante da cena e choraram sentados na calçada.
O assaltante conseguiu fugir, embora a bicicleta dele tenha ficado embaixo do ônibus.
Atendentes de um quiosque disseram que o crime foi muito rápido. Eles contaram que, minutos antes, Morassi e seus acompanhantes estavam sentados na mesa do quiosque. Logo depois de pagar a conta, o grupo saiu em direção ao Leblon, quando um homem surgiu numa bicicleta. Em seguida, vieram o ônibus e o choque.
Ainda de acordo com testemunhas, o pai, a mãe e o amigo de Morassi sofreram uma crise nervosa e tiveram de ser socorridos pelo Corpo de Bombeiros.
Funcionários do Hotel Everest, em Ipanema, contaram que Morassi chegou com os pais, um irmão, uma tia e um casal de amigos ao Brasil, havia quatro dias, para o casamento do irmão mais velho, marcado para o próximo sábado, em Minas Gerais. O grupo ficaria no Rio até amanhã.
O delegado Fernando Veloso, da Deat (Delegacia Especial de Atendimento a Turistas), disse que a polícia tem alguns nomes de suspeitos e que pediu para o Instituto Felix Pacheco confrontar as digitais encontradas na bicicleta com as dos possíveis assaltantes. Abalada, a família de Morassi não teve condições de fazer o reconhecimento do criminoso.


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