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Tiro em jovem gay foi acidental, diz Exército
Para coronel, sargento não teve a intenção de disparar contra rapaz em parque no Rio
JOÃO PEQUENO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
Após ter divulgado nota
negando a versão de um jovem homossexual de que tinha sido baleado por um militar, o Exército agora diz que
"foi acidental" o tiro no rapaz
de 19 anos no último domingo, no parque Garota de Ipanema, no Arpoador (zona sul
do Rio), após a Parada Gay.
A afirmação foi feita ontem
pelo coronel Ênio Zanan,
chefe de comunicação social
do Comando Militar do Leste.
Segundo Zanan, o IPM (Inquérito Policial Militar), ainda em fase de conclusão, sugere que o terceiro-sargento
Ivanildo Ulisses Gervásio, 37,
autor do tiro que feriu o jovem na barriga, não teve a intenção de disparar a pistola.
Ele afirmou que, por meio
do laudo técnico e da perícia
na arma, é possível descobrir
se houve intenção do disparo, mas disse não saber quais
indícios, no caso do rapaz baleado, levaram à conclusão
de que o tiro foi acidental.
A Polícia Civil aguarda as
perícias para esclarecer se o
disparo foi por acidente.
O delegado titular da 14ª
DP (Leblon), Fernando Veloso, entendeu, no entanto,
que a ação do sargento configura dolo eventual -quando
se assume o risco da ação.
Na versão da vítima, o militar o derrubou e atirou.
Gervásio será indiciado
sob suspeita de tentativa de
homicídio duplamente qualificado -por motivo torpe e
sem dar chance de defesa.
Ele foi reconhecido por
quatro testemunhas e pela
vítima no Forte de Copacabana, onde cumpre prisão preventiva determinada pelo
Comando Militar do Leste.
Os outros dois militares
acusados de hostilizar o grupo de 15 jovens gays que namoravam no parque não serão indiciados. Para o delegado, eles não tiveram contribuição direta para o crime.
Colaborou FELIPE CARUSO.
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