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OUTRO LADO
Estado admite problema e estuda mudança
Secretaria afirma que enviará até o fim do ano projeto à Assembleia, mas nega que alunos tenham ficado sem aula
DE SÃO PAULO
A Secretaria da Educação
reconheceu que a lei que determina o intervalo de 200
dias aos professores causou
um "entrave" nas escolas.
Por isso, o órgão afirma
que enviará até o final do ano
um novo projeto de lei que altere a necessidade desse período de afastamento.
"Observamos no final do
primeiro semestre que a coisa [da falta de professores]
poderia ganhar proporção
muito grande no segundo semestre. Tomamos algumas
medidas junto a nossas diretorias de ensino que já melhoraram muito o problema", disse o secretário de
Educação, Paulo Renato de
Souza, sem detalhar quais as
medidas já tomadas.
"Estamos hoje com um
problema de professores não
querendo assumir aulas muito menor do que tínhamos
previsto", completou.
"Mas, mesmo assim, queremos para o ano que vem resolver definitivamente esse
problema com uma mudança na legislação. O governador já está ciente de que temos que fazer isso", afirmou.
Nem o secretário nem a assessoria de imprensa do órgão deram mais detalhes sobre a mudança na legislação.
Segundo eles, a alteração
ainda será analisada pelo setor jurídico do órgão, o que
pode trazer mudanças no
texto, que já está pronto.
A modificação será enviada para o governador e para a
Assembleia Legislativa.
FALTA DE AULAS
Apesar de reconhecer o
problema, o órgão disse que
os estudantes não ficaram
sem aulas, ao contrário do
que afirmaram à Folha.
Segundo a secretaria, todos tiveram professores
substitutos -aqueles que ficam esperando na escola, em
caso de falta de professor. Ele
costuma dar aulas de qualquer matéria, independentemente da sua especialidade.
Uma aluna relatou que teve algumas aulas com um
substituto. Em vez de ter aulas matemática, disciplina
que já estava havia seis meses sem, teve de cidadania.
A secretaria disse ainda
que nos casos de alunos que
não tiveram aulas, mas ficaram com notas, eles fizeram
atividades e avaliações com
os professores substitutos.
A secretaria reconheceu
que houve falta de professores em 11 das 12 escolas visitadas pela Folha -a rede estadual tem 5.054 unidades.
Negou apenas as denúncias de alunos da Otávio
Mendes Sedon (zona norte).
Os estudantes afirmaram
que ficaram um mês sem aula de inglês e até três meses
sem aulas de matemática.
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