São Paulo, sábado, 20 de novembro de 2010

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Número de leitos está abaixo da meta do governo

DO RIO

O número de leitos para internação no país diminuiu 2,5% entre 2005 e 2009, confirmando tendência de queda desde 1999. Os dados, do IBGE, não consideram vagas de UTI. A redução é explicada pelo comportamento do setor privado, que teve queda de 5,1% nas vagas.
No setor público, houve expansão de 2,6%. Mesmo assim, o total de leitos disponíveis ao SUS diminuiu, já que a iniciativa privada responde por parte significativa da oferta ao sistema, através de convênios.
Segundo o IBGE, o número de leitos por mil habitantes em 2009 foi de 2,3, abaixo da faixa de 2,5 a 3 preconizada pelo Ministério da Saúde. Apenas a região Sul está acima desse parâmetro, com 2,6.
A pesquisa revelou também discrepâncias regionais no número de postos de trabalho médico. No Norte, há 1,9 posto para cada mil habitantes, contra 4,3 no Sudeste.
O ministério considera que o estudo reflete a prioridade dada ao atendimento primário, de emergência e aos serviços de apoio ao diagnóstico visando reduzir as internações hospitalares.
Diz também que a queda no número de leitos por habitante é observada em diversos países desenvolvidos. Reflete, entre outros, a introdução de novas tecnologias que permitem a realização ambulatorial de procedimentos que exigiam internação.
A pesquisadora Ligia Bahia, da UFRJ, concorda que o fenômeno é mundial. Para ela, porém, não é o controle de doenças que exigem internação, como a hanseníase, que explica os dados no país.
"O que vemos é um racionamento da internação, o que é dramático, porque vários brasileiros estão desassistidos." (DM)


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