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Número de leitos está abaixo da meta do governo
DO RIO
O número de leitos para
internação no país diminuiu 2,5% entre 2005 e
2009, confirmando tendência de queda desde
1999. Os dados, do IBGE,
não consideram vagas de
UTI. A redução é explicada
pelo comportamento do
setor privado, que teve
queda de 5,1% nas vagas.
No setor público, houve
expansão de 2,6%. Mesmo
assim, o total de leitos disponíveis ao SUS diminuiu,
já que a iniciativa privada
responde por parte significativa da oferta ao sistema, através de convênios.
Segundo o IBGE, o número de leitos por mil habitantes em 2009 foi de
2,3, abaixo da faixa de 2,5 a
3 preconizada pelo Ministério da Saúde. Apenas a
região Sul está acima desse parâmetro, com 2,6.
A pesquisa revelou também discrepâncias regionais no número de postos
de trabalho médico. No
Norte, há 1,9 posto para
cada mil habitantes, contra 4,3 no Sudeste.
O ministério considera
que o estudo reflete a prioridade dada ao atendimento primário, de emergência e aos serviços de
apoio ao diagnóstico visando reduzir as internações hospitalares.
Diz também que a queda no número de leitos por
habitante é observada em
diversos países desenvolvidos. Reflete, entre outros, a introdução de novas tecnologias que permitem a realização ambulatorial de procedimentos
que exigiam internação.
A pesquisadora Ligia
Bahia, da UFRJ, concorda
que o fenômeno é mundial. Para ela, porém, não
é o controle de doenças
que exigem internação,
como a hanseníase, que
explica os dados no país.
"O que vemos é um racionamento da internação, o que é dramático,
porque vários brasileiros
estão desassistidos."
(DM)
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