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Segundo o Inca, regra prevalece à pressão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O diretor-geral do Inca, José
Gomes Temporão, admitiu ontem que existe pressão, principalmente de familiares, em casos envolvendo transplantes. Mas, segundo ele, o que define as decisões é a legislação.
"Todo tipo de pedido que aparece está sendo registrado para
que seja encaminhado. [...] Mas
jamais iríamos ferir ou burlar a
lei. As pressões acontecem não só
de políticos, mas de familiares, da
sociedade. A linha de trabalho é
de respeito à ética", afirmou, durante entrevista em Brasília para
rebater denúncias feitas pelo médico Daniel Tabak.
Na entrevista, a assessoria de
imprensa do ministro da Saúde,
Humberto Costa, também rebateu a informação, divulgada pela
revista "Época", de que ele teria
agilizado o caso de um paciente
de 13 anos a pedido do deputado
federal Antônio Serafim Venzon
(PSDB-SC). De acordo com a assessoria, Costa telefonou ontem
para o deputado, que teria negado
a informação. Anteontem, o deputado confirmou à Folha ter feito o pedido.
O ministério aguardava um documento assinado por Venzon
para negar que Costa tivesse conversado com ele sobre o assunto.
Como não foi encaminhado, o
ministério decidiu interpelar judicialmente o deputado para que
esclareça o assunto.
Substituto
Temporão também anunciou
que no lugar de Tabak na direção
do Cemo assume Luiz Bouzas,
que já trabalhava na equipe.
Para apurar as denúncias feitas
pelo médico, o Ministério da Saúde abriu uma sindicância, com
prazo de 30 dias para realizar os
trabalhos. Também será realizada
uma auditoria em todo o sistema
de transplantes de medula óssea.
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