São Paulo, sábado, 21 de janeiro de 2006

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VIOLÊNCIA

Estudante de 23 anos foi baleado durante tiroteio, provavelmente entre assaltantes e seguranças privados, à tarde

Bala perdida mata rapaz na Vila Olímpia

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma bala perdida em meio a um tiroteio ainda não esclarecido, provavelmente entre assaltantes e seguranças privados, provocou a morte, em plena tarde de ontem, do estudante Murilo Baptisaco Faria, 23, na Vila Olímpia, zona sul de São Paulo.
A polícia paulista ainda não sabe de quem partiu o tiro que acertou o coração de Faria, que morreu no hospital. Tanto os assaltantes como os seguranças desapareceram. Até o final da noite de ontem, a polícia não tinha conseguido localizá-los.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, o episódio começou como uma tentativa de assalto. Alexandre Peito da Silva, 29, tinha sacado R$ 2.000 de uma agência bancária na Vila Olímpia e voltava para a empresa de ferro-velho do pai, na rua Lourenço Marques.
Quando entrava no estabelecimento, Silva foi rendido por dois assaltantes, em duas motos.
Ele disse à polícia que não reagiu. Os ladrões arrancaram o dinheiro e o jogaram contra uma caçamba, no pátio do ferro-velho. Silva afirmou que, a partir daí, apenas ouviu os disparos, mas não soube dizer o que teria provocado o tiroteio nem viu o jovem ser atingido.
Segundo policiais do 96º DP, Murilo Faria estava na frente de uma casa em reforma que ficava do outro lado da rua. Ele supervisionava as obras no imóvel, que iria abrigar uma choperia de propriedade de seu pai, quando foi atingido por um tiro.
Testemunhas afirmaram à polícia ter visto um carro de segurança privada sair do local logo após o tiroteio. Os homens dentro do veículo estavam armados, segundo as testemunhas. Mas ninguém os viu atirar.
Várias cápsulas de pistola foram encontradas no pátio da empresa de ferro-velho. A polícia vai realizar exame de balística para saber se o projétil que atingiu o estudante saiu de uma delas.
Segundo os policiais, as testemunhas vão conseguir fazer o retrato falado de pelo menos um dos assaltantes. A polícia também está tentando identificar os seguranças privados que estiveram no local e não se apresentaram na delegacia. A intenção é encontrar as armas dos seguranças e também submetê-las a exame de balística.
Os policiais acreditam que a segurança motorizada identificada pelas testemunhas ofereça serviços para comerciantes da rua. Até ontem à noite, no entanto, não se sabia o nome da empresa.
A reportagem não conseguiu localizar a família do estudante. O corpo permanecia no Hospital Santa Paula até ontem à noite.


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