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VIOLÊNCIA
Estudante de 23 anos foi baleado durante tiroteio, provavelmente entre assaltantes e seguranças privados, à tarde
Bala perdida mata rapaz na Vila Olímpia
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma bala perdida em meio a
um tiroteio ainda não esclarecido,
provavelmente entre assaltantes e
seguranças privados, provocou a
morte, em plena tarde de ontem,
do estudante Murilo Baptisaco
Faria, 23, na Vila Olímpia, zona
sul de São Paulo.
A polícia paulista ainda não sabe de quem partiu o tiro que acertou o coração de Faria, que morreu no hospital. Tanto os assaltantes como os seguranças desapareceram. Até o final da noite de ontem, a polícia não tinha conseguido localizá-los.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, o episódio começou como uma tentativa de assalto. Alexandre Peito da
Silva, 29, tinha sacado R$ 2.000 de
uma agência bancária na Vila
Olímpia e voltava para a empresa
de ferro-velho do pai, na rua Lourenço Marques.
Quando entrava no estabelecimento, Silva foi rendido por dois
assaltantes, em duas motos.
Ele disse à polícia que não reagiu. Os ladrões arrancaram o dinheiro e o jogaram contra uma
caçamba, no pátio do ferro-velho.
Silva afirmou que, a partir daí,
apenas ouviu os disparos, mas
não soube dizer o que teria provocado o tiroteio nem viu o jovem
ser atingido.
Segundo policiais do 96º DP,
Murilo Faria estava na frente de
uma casa em reforma que ficava
do outro lado da rua. Ele supervisionava as obras no imóvel, que
iria abrigar uma choperia de propriedade de seu pai, quando foi
atingido por um tiro.
Testemunhas afirmaram à polícia ter visto um carro de segurança privada sair do local logo após
o tiroteio. Os homens dentro do
veículo estavam armados, segundo as testemunhas. Mas ninguém
os viu atirar.
Várias cápsulas de pistola foram
encontradas no pátio da empresa
de ferro-velho. A polícia vai realizar exame de balística para saber
se o projétil que atingiu o estudante saiu de uma delas.
Segundo os policiais, as testemunhas vão conseguir fazer o retrato falado de pelo menos um
dos assaltantes. A polícia também
está tentando identificar os seguranças privados que estiveram no
local e não se apresentaram na delegacia. A intenção é encontrar as
armas dos seguranças e também
submetê-las a exame de balística.
Os policiais acreditam que a segurança motorizada identificada
pelas testemunhas ofereça serviços para comerciantes da rua. Até
ontem à noite, no entanto, não se
sabia o nome da empresa.
A reportagem não conseguiu localizar a família do estudante. O
corpo permanecia no Hospital
Santa Paula até ontem à noite.
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