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País perde 12 posições em ranking de educação
No Índice de Desenvolvimento Educacional da Unesco, Brasil passou a ocupar, dentre 128, o 88º lugar
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Brasil perdeu 12 posições
no índice de educação feito pela
Unesco, o braço da ONU (Organização das Nações Unidas) para a educação e a cultura.
A queda, do 76º para o 88º lugar entre 128 países, ocorreu
principalmente em razão da
piora no índice de crianças que
chegam até a quarta série. Segundo a Unesco, de 80,5%, em
2005, o percentual caiu em
2007 para 75,6%.
Com isso, o IDE (Índice de
Desenvolvimento Educacional) do Brasil, caiu de 0,901 para 0,883 em uma escala de 0 a 1,
o menor entre todos os países
do Mercosul. Isso mantém o
país em um patamar considerado mediano pela Unesco.
O IDE é composto pelas taxas de alfabetização de adultos,
igualdade de gênero, matrícula
na educação primária e sobrevivência na escola até a quinta
série -no caso do Brasil, foi
considerado o dado relativo à
quarta série.
Os primeiros lugares ficaram
com Noruega, Japão e Alemanha. Os últimos, com Etiópia,
Mali e Niger, todos no continente africano.
Repetência
Um dos piores indicadores
brasileiros mostrados pelo relatório é a repetência.
Com 18,7% de taxa de reprovação no ensino fundamental
no ano de 2005, de acordo com
o relatório, o Brasil só perde
nesse quesito para 13 países
que fazem parte da África
subsaariana.
No dado mais recente, relativo a 2007, essa taxa estava em
12,1% segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira), órgão ligado ao Ministério da Educação.
Em relação ao investimento
em educação, o Brasil gastava
em 2005 menos de um quarto
do que os países considerados
como desenvolvidos: US$ 1.257
por aluno contra US$ 5.312
por aluno.
O coordenador da Unesco no
Brasil, Paolo Fontani, ressaltou
a alta taxa de repetência, mas
avaliou que o Brasil se saiu bem
no relatório ao ter sido bem
avaliado no combate ao analfabetismo e na distribuição de recursos, como o Fundeb -fundo
que recebe recursos da União,
Estados e municípios e viabiliza o financiamento da educação em locais mais pobres.
Procurado para comentar o
relatório, o Ministério da Educação afirmou que está analisando os números mas que, de
qualquer forma, todos eles se
referem ao período anterior ao
lançamento do PDE (Plano de
Desenvolvimento da Educação), o chamado "PAC da Educação", que ocorreu em 2007.
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