São Paulo, quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

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ROBERTO DREYFUSS (1919-2010)

Pioneiro dos auditores e a ética profissional

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

O amigo desde os anos 70 lembra da frase que Roberto Dreyfuss frequentemente repetia: "Um "não" nós já temos, vamos tentar um "sim'".
Marco Antonio Muzilli, que ao lado dele trabalhou por anos, ressalta o otimismo e a capacidade do amigo Roberto de estar sempre entusiasmado.
Contador, Roberto foi um dos responsáveis pelo desenvolvimento da auditoria independente no Brasil. Em 1945, ele abriu o próprio escritório, que levava seu nome. Anos depois, fundiu-se a outras empresas, dando origem à KPMG do Brasil -hoje, a firma conta com cerca de 2.400 funcionários espalhados em 17 escritórios pelo país.
Ele também participou da fundação do Ibracon (Instituto dos Auditores Independentes do Brasil), do qual foi seu primeiro presidente nacional. Sua luta, como lembrou o instituto, era para que as auditorias fossem feitas apenas por contadores, a fim de fortalecer a categoria. Marco Antonio conta que uma das principais preocupações de Roberto era com a conduta dos profissionais da área.
"A profissão acaba no dia em que ela perder a ética", costumava dizer. Esportista, gostava de jogar basquete e de nadar. Nos últimos tempos, fazia caminhadas em Ibiúna (interior de SP), onde tinha uma casa. Falava que conhecia todas as árvores do caminho que percorria.
Morreu na quinta-feira passada, aos 90, de complicações de saúde. Deixa família.

coluna.obituario@uol.com.br


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