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ROBERTO DREYFUSS (1919-2010)
Pioneiro dos auditores e a ética profissional
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
O amigo desde os anos 70
lembra da frase que Roberto
Dreyfuss frequentemente repetia: "Um "não" nós já temos,
vamos tentar um "sim'".
Marco Antonio Muzilli, que
ao lado dele trabalhou por
anos, ressalta o otimismo e a
capacidade do amigo Roberto
de estar sempre entusiasmado.
Contador, Roberto foi um
dos responsáveis pelo desenvolvimento da auditoria independente no Brasil. Em 1945,
ele abriu o próprio escritório,
que levava seu nome. Anos depois, fundiu-se a outras empresas, dando origem à KPMG
do Brasil -hoje, a firma conta
com cerca de 2.400 funcionários espalhados em 17 escritórios pelo país.
Ele também participou da
fundação do Ibracon (Instituto
dos Auditores Independentes
do Brasil), do qual foi seu primeiro presidente nacional.
Sua luta, como lembrou o instituto, era para que as auditorias fossem feitas apenas por
contadores, a fim de fortalecer
a categoria.
Marco Antonio conta que
uma das principais preocupações de Roberto era com a conduta dos profissionais da área.
"A profissão acaba no dia em
que ela perder a ética", costumava dizer.
Esportista, gostava de jogar
basquete e de nadar. Nos últimos tempos, fazia caminhadas
em Ibiúna (interior de SP), onde tinha uma casa. Falava que
conhecia todas as árvores do
caminho que percorria.
Morreu na quinta-feira passada, aos 90, de complicações
de saúde. Deixa família.
coluna.obituario@uol.com.br
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