|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Após 60 anos, Maria ainda é o nome mais comum em SP
Maria Aparecida dá lugar a Maria Eduarda na lista de preferências, segundo pesquisa
Levantamento da Fundação Seade mostra também que pessoas passaram a se casar mais velhas e que idade média da população subiu
DA REPORTAGEM LOCAL
Nos últimos 60 anos, as famílias paulistanas diminuíram,
homens e mulheres passaram a
se casar mais velhos, a idade
média dos moradores subiu.
Uma característica permaneceu: Maria segue como o nome
preferido pelos pais.
Das meninas nascidas no ano
passado em São Paulo, 8% receberam esse nome, aponta pesquisa divulgada ontem pela
Fundação Seade (órgão do governo paulista). Depois aparecem Ana (7,4%) e Júlia (3,6%).
Maria também era o preferido em 1950 (seguido por Tereza e Ana), mas com uma proporção bem maior (25%).
Nos dois períodos, o costume
é combinar Maria com outro
nome. Há 60 anos era com Aparecida. Agora é com Eduarda.
Entre os meninos, as preferências são Pedro (4,6%), Gabriel (4,5%) e João (4,2%). Antes, eram José, Antonio e João.
A demógrafa Bernadette
Waldvogel, autora do estudo,
diz que os pais preferem nomes
relacionados a santos. "Mas
também há modismos, relacionados com personagem de novela, modelo ou jogador."
Os técnicos que trabalharam
na pesquisa relacionaram a
preferência por Maria Eduarda
à novela da TV Globo Senhora
do Destino, exibida entre 2004
e 2005, na qual a atriz Débora
Falabella interpretava uma
personagem com esse nome.
Na pesquisa do portal Baby
CenterBrasil.com, que abrangeu 28 mil bebês de usuários e
foi divulgada no início deste
mês, os nomes campeões foram
Júlia (ou Giúlia), Sofia (ou Sophia) e Maria Eduarda para as
meninas; Gabriel, Artur (ou Arthur) e Mateus (ou Matheus)
para os meninos.
No levantamento, "ter um
significado interessante ou importante" foi o critério citado
por 42% dos pais para a escolha; e 38% o fizeram por "ser
um nome simples".
Outras conclusões
A pesquisa da Seade também
abordou mudanças demográficas na capital paulista. Mostra
que o número de moradores
por domicílio caiu de 4,8 para
3,1 nos últimos 60 anos -reflexo da diminuição das famílias.
A taxa de crescimento da população desacelerou, de 5,58%
para 0,59% ao ano. "São Paulo
chegou a uma estabilidade populacional. Não deverá crescer
muito mais", disse a autora do
levantamento. A cidade tem
hoje 11 milhões de habitantes.
Com melhorias nas condições sanitárias e de saúde, a
média de idade dos habitantes
cresceu de 27 para 33 anos.
Também subiu a idade para o
casamento. Em 1950, a média
para os homens era de 27 anos;
agora está em 32. Para as mulheres, subiu de 24 para 29.
Waldvogel diz que hoje as
pessoas passam mais anos focadas nos estudos antes de se casarem. Também contribui o fato de as mulheres estarem mais
presentes no mercado de trabalho -esperam se firmar profissionalmente antes de casarem.
Outra constatação é que, proporcionalmente, aumentou o
número de mulheres. Antes,
eram 100 para cada 97 homens;
hoje, a relação é de 100 para 90.
Texto Anterior: Temporal mata idosa e criança; condomínio alaga em Itapecerica Próximo Texto: Acidente: Vazamento de solvente fecha Via Dutra Índice
|