São Paulo, sexta-feira, 21 de janeiro de 2011 |
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DE NOVO, A CHUVA Ritmo das buscas por vítimas diminui Cerca de 600 bombeiros continuam os trabalhos no Rio; no início, a corporação contava com 1.500 homens Levando médicos e mantimentos, são feitas, diariamente, entre 25 e 30 viagens às regiões afetadas EDUARDO GERAQUE ENVIADO ESPECIAL A NOVA FRIBURGO FELIPE CARUSO ENVIADO ESPECIAL A TERESÓPOLIS Mais de uma semana após as chuvas que mataram ao menos 759 pessoas na região serrana do Rio, o ritmo das buscas por sobreviventes começa a diminuir. No auge da operação, 1.500 bombeiros trabalhavam em resgates nas sete cidades mais atingidas. Ontem, cerca de 600 homens continuavam as buscas, principalmente em Nova Friburgo e Teresópolis. O vice-governador Luiz Fernando Pezão diz que não há diminuição nos esforços. "Estamos com todas as nossas operações voltadas para isso [o resgate de vítimas]". Para o comandante geral do Corpo de Bombeiros do Rio, coronel Pedro Machado, não há desmobilização das forças, mas redução da necessidade de contingente nesta fase dos trabalhos. "A lama seca e abertura das estradas permite que as máquinas avancem, reduzindo o número de homens necessários", disse o coronel. Machado admite que encontrar pessoas com vida em meio aos escombros é difícil e que grande parte do trabalho é encontrar os corpos soterrados. Em Teresópolis, 156 pessoas estão desaparecidas. Apesar de a Defesa Civil, a Força Nacional e o Exército não terem reduzido o efetivo na região, o resgate de feridos e de pessoas em áreas isoladas praticamente acabou. O número de operações áreas, no entanto, permanece o mesmo dos primeiros dias: entre 25 e 30 viagens. As missões agora são exclusivamente para levar mantimentos e médicos. Ontem, um helicóptero do Exército que voltava de uma missão caiu em Colina, entre Teresópolis e Friburgo. Os cinco passageiros -três militares e dois funcionários da Cruz Vermelha- tiveram ferimentos leves. O Exército visita diariamente oito locais para as chamadas missões de misericórdia -leva mantimentos para aqueles que permanecem em áreas de difícil acesso. Em Nova Friburgo, os bombeiros passaram a atender apenas os locais onde se sabe, com precisão, que ainda existem soterrados. Anteontem, após apelo de Kátia Coimbra, máquinas começaram a escavar a região do Condomínio do Lago, quase totalmente destruída. Moradora de Brasília, a professora busca o corpo da mãe e do padrasto. Até ontem à tarde, eles não haviam sido encontrados. Texto Anterior: Verba prometida para as cidades chega a R$ 1,6 bi Próximo Texto: Sistema de alerta terá resultado no "curto prazo", diz Mercadante Índice | Comunicar Erros |
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