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OUTRO LADO
SP faz mudanças e São Vicente nega números
DA REPORTAGEM LOCAL
A Secretaria Municipal da
Saúde de São Paulo identificou
alguns dos principais problemas do programa de tratamento da tuberculose, diz Julio Cesar de Magalhães Alves, diretor
do Centro de Prevenção e Controle de Doenças. Melhorias estão sendo feitas, diz ele.
A primeira dificuldade encontrada é a falta de uma rede
de informações que integre os
postos de saúde. Cerca de 18%
dos doentes desaparecem no
sistema. "A maior parte deles
migra para outros postos e não
ficamos sabendo", diz Alves.
Um canal de comunicação informatizado deve ficar pronto
até o fim desta gestão.
Hoje, cerca de 12% dos pacientes abandonam o tratamento. Para resolver isso, a
prefeitura está adotando o Dots
(tratamento supervisionado,
em inglês). O médico confere
se o paciente tomou os remédios nos postos ou atende-o em
casa, se, por alguma razão, o
paciente não for ao posto.
O serviço já beneficia 10%
dos doentes. "Tivemos bons resultados em unidades de saúde
do Jardim Ângela e Capão Redondo, entre outros. Lá, os índices de cura são de 80% e de
74%, respectivamente", afirma.
Para os moradores de rua,
um dos principais grupos de
risco, estão ocorrendo adaptações. No pronto-socorro da
Barra Funda, por exemplo, em
qualquer atendimento eles são
examinados. "Tosse, para eles,
é uma coisa comum. Assim,
não se queixam, não são tratados e, mais adiante, o estado
clínico se agrava", diz Castálide
Benetom de Campos Lopes, diretora do órgão.
São Vicente
"A Secretaria da Saúde esclarece que [as informações] não
conferem com os registros e a
realidade do município", diz
uma nota da Prefeitura de São
Vicente. Segundo informações
da secretaria, houve um aumento no índice de cura nos últimos três anos de registro. Em
1999, 62,7% dos pacientes tiveram alta. Em 2000, foram
63,1% e, em 2001, chegou-se ao
índice de 71,8%.
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