DA REPORTAGEM LOCAL

O número de notificações de dengue na cidade de São Paulo continua menor neste ano do que foi no mesmo período do ano passado -110 casos autóctones (adquiridos na cidade) contra 146. A epidemia também apresenta um perfil diferente: enquanto em 2002 ela se espalhava por 33 distritos administrativos, neste ano há casos em 25 distritos.
E 52% dos casos atuais (até 19 de março) estão concentrados em apenas dois desses distritos: Jabaquara, na zona sul, com 37 casos, e Vila Leopoldina, na região oeste, com 20 casos. Curiosamente, esses dois distritos não registraram casos no ano passado.
Segundo Pedro Bonequini Júnior, gerente de combate à dengue da Secretaria Municipal da Saúde, nos dois distritos os casos se concentram em algumas quadras, o que facilitaria o combate.
"Estamos presentes nesses locais fazendo nebulização para matar os mosquitos e removendo os criadouros", diz Bonequini. Segundo ele, em duas semanas o número de casos novos deve cair nessas duas regiões.

Pressão
A cidade também está sofrendo menor pressão de outras regiões, de onde chegam os casos importados, aqueles manifestados por moradores de São Paulo, mas contraídos fora do município. Em 2002, foram 1.005 casos, contra 249 no mesmo período deste ano.
"Dois terços dos casos vieram com pessoas que estiveram no Nordeste e pegaram a doença lá", diz Bonequini. Só da Bahia vieram 89 casos, mas o interior de São Paulo fica em segundo lugar, com 47 doentes "importados".
Metade desses casos foram confirmados em pessoas que estiveram em Itapevi ou Jandira, duas cidades da Grande São Paulo que lideram neste ano o número de casos da doença no Estado.
A preocupação com os "importados" -além da doença em si- é pelo risco de a pessoa vir a ser picada por um mosquito da dengue que passará a transmitir a doença a outros moradores.


Texto Anterior: Parceiros da prefeitura terão de "racionalizar" gastos
Próximo Texto: Panorâmica - Justiça: Prefeitura é condenada a retirar camelô
Índice