São Paulo, terça-feira, 21 de março de 2006

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SISTEMA PRISIONAL

Presos fizeram 22 reféns após tentativa frustrada de fuga

Rebelião destrói presídio em Iperó

DA AGÊNCIA FOLHA

Presos destruíram ontem a penitenciária estadual Odon Ramos Maranhão, em Iperó (120 km a oeste de São Paulo), durante uma rebelião em que 22 pessoas foram feitas reféns. O motim começou por volta das 11 horas e terminou aproximadamente às 17h45, após a entrada da Tropa de Choque da Polícia Militar no presídio.
Em nota divulgada no início da noite, a Secretaria da Administração Penitenciária do Estado informou que reféns sofreram ferimentos leves, mas não precisou o número. Também afirmou que 15 presos foram hospitalizados.
De acordo com a secretaria, a rebelião na penitenciária de Iperó começou após uma tentativa de fuga. Os presos tomaram como reféns 19 agentes penitenciários, um professor da Funap (órgão estadual que desenvolve programas sociais para detentos), o diretor de educação e o diretor de segurança e disciplina do presídio.
Com capacidade para 852 presos em regime fechado, a penitenciária, inaugurada em 1999, está com 1.212. A secretaria informou que não houve fugas.
Os rebelados quebraram telhados de pavilhões e depredaram o presídio durante a rebelião. "A unidade está totalmente destruída", afirmou o diretor do Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional de São Paulo) Adalton Cleiss.
A Secretaria da Administração Penitenciária não disse quais eram as reivindicações dos presos. Na unidade, a informação era que apenas o diretor do presídio, Valdelson José da Silva, poderia falar, mas ele não atendeu à reportagem. Silva assumiu o cargo na semana passada.
Cerca de 160 presos se rebelaram ontem à noite no Centro de Detenção Provisória 3 de Franco da Rocha (Grande São Paulo). O motim começou por volta das 19h e os presos mantinham 16 funcionários reféns, sendo que um, ferido levemente, foi liberado depois, segundo a Polícia Militar.
A PM informou ainda que a situação às 22h estava controlada e o diretor do presídio havia se responsabilizado pela segurança. Com isso, os carros da PM deixaram o local.
Não foi divulgada informação sobre a reivindicação dos presos. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, o CDP de Franco da Rocha tem capacidade para 600 presos e abriga 1.163


Colaborou o "Agora"

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