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FERNANDO ANTONIO PATRIANI FERRAZ (1944-2010)
Um médico e professor ligado na tecnologia
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Fernando Antonio Patriani
Ferraz adorava tudo relacionado à tecnologia. Formado
pela Escola Paulista de Medicina em 1971, ele se especializou em neurocirurgia e se tornou professor da instituição.
Quando surgiam novidades em sua área, lá ia ele atrás para trazê-las ao Brasil. Foi assim, por exemplo, com a tomografia computadorizada, conta o filho Octávio, professor de direito na Inglaterra.
Há alguns anos, ele foi à Inglaterra pesquisar o assunto e
trouxe um dos primeiros aparelhos de tomografia para SP
-a mesma coisa aconteceu com a ressonância magnética.
Doutor Ferraz foi um dos
coordenadores do serviço de
diagnóstico por imagem do
hospital São Luiz. Segundo o
filho, o pai começaria um projeto de pesquisa no Albert
Einstein sobre Parkinson.
O projeto visava a realização de operações teleguiadas
em portadores da doença, para a colocação de eletrodos no
cérebro dos pacientes a fim de
sanar tremores nas mãos.
Mas seu foco não estava só
na medicina -ele se interessava por política, esporte ou
qualquer outro assunto que
lesse nos jornais, diz o filho.
Nascido em Catanduva,
mantinha um lado interiorano e gostava de ir ao sítio.
Em setembro do ano passado, descobriu um câncer de
pulmão e sabia que as perspectivas não eram boas -assim, preocupou-se em deixar
tudo ajeitado para a família.
Morreu na quinta, aos 65.
Deixa viúva, quatro filhos e
quatro netos. A missa de sétimo dia será na quinta, às 12h,
na igreja São José, em SP.
coluna.obituario@uol.com.br
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