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FHC fica `horrorizado' com caso
Da Sucursal de Brasília
O presidente Fernando Henrique Cardoso ficou ``horrorizado''
com o crime cometido contra o índio Galdino dos Santos, segundo
relato do governador do Distrito
Federal, Cristovam Buarque.
Buarque disse que telefonou ao
presidente para colocá-lo a par das
providências tomadas pelo governo do Distrito Federal.
``Estamos preocupados com a
repercussão internacional do episódio'', disse Buarque ao visitar a
parada de ônibus onde Galdino foi
atacado. O presidente inicia hoje
sua viagem ao Canadá.
Segundo Buarque, o crime foi
contra um pobre. ``Isso faz parte
do apartheid social brasileiro. A
classe média começa a ter um sentimento de separação que exclui os
pobres'', afirmou.
O governador disse que pretende
``fazer tudo'' para que o grupo responsável pelo crime -que chamou de ``marginais que envergonham Brasília''- seja punido.
``Recebemos a notícia com ira,
que não é um bom sentimento. Esse episódio envergonha a população brasileira'', disse o ministro
interino da Justiça, Milton Seligman. Ele disse que vai entrar em
contato com o Ministério Público
para que o inquérito tramite o
mais rápido possível.
Seligman visitou Galdino e conversou com parentes na porta do
hospital. Às 14h, início do horário
de visita, os cerca de 15 índios foram impedidos de entrar na emergência. A entrada foi depois liberada pelo diretor do hospital, Carlos
Saraiva e Saraiva.
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