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RODOVIAS
Nos três primeiros meses deste ano foram registradas 821 ocorrências nas rodovias estaduais de SP
Acidentes de ônibus crescem 13%
MARIANA VIVEIROS
da Reportagem Local
O número de acidentes com
ônibus nas rodovias estaduais
paulistas foi 13% maior no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 99.
O crescimento ocorreu apesar
de a frota oficial de ônibus no Estado se manter praticamente estável -em torno de 14 mil veículos- desde 98, segundo o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Ônibus Internacionais,
Intermunicipais e Interestaduais.
De janeiro a março deste ano,
ocorreram 821 acidentes de ônibus nas rodovias estaduais, contra 713 no mesmo período de 99.
O índice atual é igual ao do primeiro trimestre de 1997, um ano
antes da implantação do Código
Brasileiro de Trânsito.
Na madrugada de ontem, mais
uma ocorrência se somou às estatísticas. Um ônibus da Expresso
Nacional caiu em um barranco na
rodovia Anhanguera, próximo à
divisa com Minas Gerais. Sete
passageiros morreram e pelo menos 19 ficaram feridos.
Há menos de um ano (setembro
de 99), um ônibus que ia para Caldas Novas (GO) tombou na mesma pista -a apenas dois quilômetros do local do acidente de
ontem- e deixou 13 mortos.
Segundo a Polícia Rodoviária
Estadual, é difícil determinar as
principais causas dos acidentes
com ônibus. "A falha humana está sempre presente, seja na imprudência, no cansaço do motorista ou na manutenção mal feita
por parte da empresa", diz o major Eliziário Ferreira Barbosa,
chefe de operações do Comando
da Polícia Rodoviária do Estado
de São Paulo.
O presidente do sindicato dos
motoristas, Edivaldo Santiago Silva, ressalta as condições das rodovias. Ele afirma que a situação
melhorou nas estradas estaduais
privatizadas, mas diz que ainda
há muito o que fazer.
Cerca de 3.408 quilômetros, dos
25 mil km de rodovias estaduais
de São Paulo, estão nas mãos de
12 concessionárias. O trecho onde
ocorreu o acidente de ontem é de
responsabilidade da Vianorte.
Fiscalização
A fiscalização das condições de
segurança, higiene e conforto dos
ônibus que trafegam nas rodovias
é responsabilidade do DNER (Departamento Nacional de Estradas
de Rodagem) -nas linhas interestaduais e internacionais- e do
DER (Departamento de Estradas
de Rodagem) -nas linhas intermunicipais.
Pneu careca, problemas no freio
ou direção folgada são consideradas falhas graves pelo Código Brasileiro de Trânsito e podem provocar acidentes sérios. As multas
por irregularidades desse tipo variam de R$ 450 a R$ 1.700. O veículo pode ser apreendido.
Em todo o país, o DNER tem
apenas cerca de 400 fiscais. Só no
Estado de São Paulo, a frota oficial
-que não inclui ônibus fretados- é de 14 mil veículos.
A fiscalização de ônibus intermunicipais no Estado conta com
72 fiscais para vistoriar 5.000 ônibus regulares e mais uma frota de
10.000 ônibus fretados.
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