da Agência Folha

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A empresa de transporte Nacional Expresso, com sede em Uberlândia (MG), proprietária do ônibus que caiu ontem em uma rampa de retorno na rodovia Anhanguera, em Aramina, divulgou uma nota comunicando que o acidente pode ter sido causado por um defeito em um dos pneus da frente do veículo.
Segundo a assessoria de imprensa da viação mineira, um mecânico e um perito estiveram no local do acidente com a polícia e constataram que havia um pneu estourado a alguns metros de onde o ônibus tombou.
A Folha questionou se o pneu não poderia ter estourado por causa do acidente (e não antes dele). A assessoria ficou de responder a pergunta após consulta ao perito e ao mecânico da empresa. Mas, até as 19h, não havia feito novo contato com a reportagem da Folha.
Antes, a assessoria havia informado que o pneu era novo e havia sido trocado recentemente.
Segundo a empresa, o motorista do veículo, Carlos Andrade Costa, trabalha há 13 anos na Nacional Expresso e não havia se envolvido em acidentes anteriores.
A nota divulgada pela companhia afirma também que todos os motoristas passam "por um treinamento de 44 horas ao ano, 10 horas acima do recomendável".

Vítimas
Gilberto Delafonte Barros, 38, assessor jurídico da Nacional, disse ontem que a empresa estava providenciando o traslado dos corpos das vítimas do acidente.
Ele disse o serviço funerário seria pago pela empresa e que 18 funcionários da Nacional estavam trabalhando para dar "todo o apoio possível" às famílias.
Fundada há 25 anos, a Nacional tem uma frota de 251 ônibus. A empresa afirma que todos os seus veículos têm menos de seis anos de uso. Ela atua em três linhas que fazem viagens para países do América do Sul, 65 linhas de viagens interestaduais e 17 de viagens intermunicipais.
A direção do Terminal Rodoviário de Uberlândia, destino final que o ônibus teria, disse que não havia sido informada oficialmente do acidente pela empresa até as 17h de ontem.


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