São Paulo, sexta-feira, 21 de abril de 2000


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Novalgina terá genérico 42% mais barato até o fim de maio

free-lance para a Folha

da Reportagem Local

Um dos remédios mais populares entre os brasileiros, o analgésico Novalgina (Hoechst MR), terá seu equivalente genérico nas farmácias, nos próximos meses, por um preço 42% menor.
A dipirona sódica (princípio ativo do analgésico), do laboratório EMS, foi um dos novos 11 medicamentos que receberam o registro de genérico pelo Ministério da Saúde na última quarta-feira. Com esses, sobe para 45 o número de remédios com essa classificação já aprovados no país.
Os novos medicamentos são 3 antibióticos, 1 broncodilatador, 1 analgésico, 1 antivirótico, 2 vermífugos, 1 antiulceroso, 1 antiinfeccioso e 1 diurético.
Os genéricos são, em média, 40% mais baratos do que os remédios de marca por não envolverem gastos com pesquisa de desenvolvimento do princípio ativo e marketing.
Dos 11 últimos genéricos liberados, 9 já são vendidos nas farmácias como similares. Para ser vendido como genérico, o medicamento tem de passar por testes de bioequivalência e biodisponibilidade, para provar que tem o mesmo efeito terapêutico que o respectivo remédio de marca.
A dipirona sódica de 10 ml custará ao consumidor R$ 1,97. O remédio de referência, a Novalgina, custa R$ 3,42. O laboratório EMS espera que o remédio chegue ao mercado até o fim de maio.
Um dos antibióticos liberados é a ampicilina -cujo medicamento de referência é Amplacilina-, que será produzida pelo laboratório Teuto. Essa mesma empresa recebeu autorização para comercializar o cefalotina sódica, vendido como Keflin Neutro, que é sua referência. Já o sulfato de gentamicina -genérico do Garamicina - será produzido pelo laboratório EMS. O remédio com 80 mg, caixa com duas ampolas de 2 ml, custará R$ 4,74, contra R$ 8,05 do Garamicina.
O broncodilatador liberado é o sulfato de salbutamol (120 ml, R$ 2,82), cujo remédio de marca é o Aerolin (R$ 4,85). O genérico já havia sido liberado para o laboratório Teuto nas versões solução oral e xarope. A nova autorização é para o EMS também produzir a solução oral.
Os dois vermífugos que terão genéricos são os conhecidos pelos nome de marca Pantelmin e Flagil. O genérico do primeiro é o mebendazol do laboratório Knoll. A caixa com seis comprimidos custará R$ 3,15 -35% mais barato que o Pantelmin. O genérico do Flagil é o metronidazol, que será produzido pelo laboratório EMS por um preço 33% menor.
O antivirótico autorizado foi o aciclovir (Laboratório Teuto), cujo medicamento de referência é o Zovirax.
O ministério liberou, ainda, o antiulceroso cloridrato de ranitidina, que é vendido como Antak, para ser produzido pelo EMS (46% mais barato) e o antiinfeccioso nistatina (EMS), 32% mais barato que a sua referência, o Nicostatin. Da lista de novas liberações, faz parte, também, o diurético furosemida (também do EMS), comercializado atualmente como remédio de marca Lasix.
O laboratório Teuto informou que os preços de seus genéricos ainda não foram definidos.


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