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Homem é agredido ao reclamar de mau uso de vaga de deficiente
Agressor diz ter agido em legítima defesa e que não viu sinalização especial
RENATA BAPTISTA
DA AGÊNCIA FOLHA
Pai de uma cadeirante, o empresário Leo Mainardi, 49, foi
agredido com uma barra de ferro no estacionamento de uma
rede atacadista de Porto Alegre
(RS) ao reclamar de um motorista que utilizava indevidamente uma das vagas reservadas para deficientes.
Ele teve de ser internado, levou 11 pontos na testa e passou
por cirurgia para retirar um
coágulo do cérebro.
O agressor, o comerciante
Rudicir Fernandez de Freitas,
35, disse em depoimento que
agiu em legítima defesa após
ser provocado e que não viu a
sinalização indicando que era
uma vaga especial. Freitas afirmou ainda, segundo a polícia,
não se lembrar de agredir Mainardi, mas que atirou objetos
contra ele.
O caso ocorreu no domingo.
As câmeras do Makro mostram
Freitas parando o carro em vaga especial e sendo alertado por
Mainardi, que estava sem a filha e com a mulher e enteada. O
empresário é agredido e revida.
Até ontem, o quadro de Mainardi era "estável", sem previsão de alta. Segundo seu irmão,
Paulinho Mainardi, 42, ele
sempre defendeu os direitos
dos deficientes por ser pai de
uma cadeirante de 24 anos.
"Ele só queria alertar sobre o
uso indevido da vaga." O empresário já presidiu a Apae (Associação dos Pais e Amigos dos
Excepcionais) de Sobradinho
(239 km de Porto Alegre).
O delegado Cleber Ferreira
vai ouvir seis testemunhas antes de decidir se o agressor deve
ser indiciado.
O Makro informou que
orienta os clientes a não usar
vagas para deficientes e que, ao
identificar o uso incorreto,
orienta o motorista a estacionar em outro local.
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