São Paulo, quarta-feira, 21 de abril de 2010

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Homem é agredido ao reclamar de mau uso de vaga de deficiente

Agressor diz ter agido em legítima defesa e que não viu sinalização especial

RENATA BAPTISTA
DA AGÊNCIA FOLHA

Pai de uma cadeirante, o empresário Leo Mainardi, 49, foi agredido com uma barra de ferro no estacionamento de uma rede atacadista de Porto Alegre (RS) ao reclamar de um motorista que utilizava indevidamente uma das vagas reservadas para deficientes.
Ele teve de ser internado, levou 11 pontos na testa e passou por cirurgia para retirar um coágulo do cérebro.
O agressor, o comerciante Rudicir Fernandez de Freitas, 35, disse em depoimento que agiu em legítima defesa após ser provocado e que não viu a sinalização indicando que era uma vaga especial. Freitas afirmou ainda, segundo a polícia, não se lembrar de agredir Mainardi, mas que atirou objetos contra ele.
O caso ocorreu no domingo. As câmeras do Makro mostram Freitas parando o carro em vaga especial e sendo alertado por Mainardi, que estava sem a filha e com a mulher e enteada. O empresário é agredido e revida.
Até ontem, o quadro de Mainardi era "estável", sem previsão de alta. Segundo seu irmão, Paulinho Mainardi, 42, ele sempre defendeu os direitos dos deficientes por ser pai de uma cadeirante de 24 anos. "Ele só queria alertar sobre o uso indevido da vaga." O empresário já presidiu a Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) de Sobradinho (239 km de Porto Alegre).
O delegado Cleber Ferreira vai ouvir seis testemunhas antes de decidir se o agressor deve ser indiciado.
O Makro informou que orienta os clientes a não usar vagas para deficientes e que, ao identificar o uso incorreto, orienta o motorista a estacionar em outro local.


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