HUDSON CORRÊA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

Após confirmar a morte de pelo menos um paciente em consequência de infecção causada pela bactéria Pseudomonas aeruginosa, o diretor-clínico do Hospital Regional de Mato Grosso Sul, Ronaldo de Souza Costa, 40, foi afastado do cargo ontem.
Costa afirma que mais cinco pessoas podem ter morrido infectadas pela bactéria que ele diz ser letal em 80% dos casos. Outro doente estaria em tratamento. Os casos ocorreram no período de um mês e foram informados à diretoria clínica no dia 7 de maio.
O hospital é administrado pelo governo do Estado, possui 220 leitos e todo o atendimento é feito SUS (Sistema Único de Saúde).
O secretário estadual da Saúde, João Paulo Esteves, considerou "irresponsável" a divulgação do caso pelo médico e optou pela punição. Segundo sua assessoria, nenhuma morte foi confirmada como decorrente da infecção causada pela bactéria e houve coleta de amostras de todos os pacientes para exames.
Ao tomar a decisão do afastamento, o secretário levou em consideração notícia publicada na imprensa de Mato Grosso do Sul, em que Costa teria confirmado cinco mortes.
A Secretaria de Estado da Saúde confirmou o afastamento de outros cinco médicos.


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