São Paulo, quinta-feira, 21 de maio de 2009

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JOSÉ ONOFRE KROB JARDIM (1942-2009)

O maior crítico do país, segundo Paulo Francis

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Deveria haver alguém para acompanhar José Onofre, ficar atento às suas frases e anotá-las, para que não se perdessem. Segundo Vera, ex-mulher do jornalista, era isso o que dizia Luis Fernando Verissimo sobre o amigo.
Foram muitos os que admiraram a habilidade de Zé com as palavras. "Paulo Francis dizia que ele era o maior crítico brasileiro", lembra Vera. Escrevia sobre cinema e literatura.
Natural de Bagé (RS), começou a trabalhar na Viação Férrea do RS, fazendo serviços burocráticos. Em 1967, tornou-se chefe do departamento audiovisual do colégio Israelita Brasileiro. Dois anos depois, deu início à carreira jornalística, ao entrar no "Zero Hora".
Antes de vir a SP, ainda passou por uma agência de propaganda e pela rádio e TV Difusora. Trabalhou na editora Abril, revista "Senhor", "IstoÉ", "O Estado de S. Paulo", "Gazeta Mercantil" e "Carta Capital". No início e em meados dos anos 80, colaborou com esta Folha.
"Zé amava o [Ernest] Hemingway. Ele tinha até uma foto linda do escritor, com aquela barba, na parede de casa. Amava também John Wayne." Vera diz que ele vivia grudado aos livros. Autor de "Sobra de Guerra", também adorava gatos.
Morreu anteontem, aos 66, após parada cardiorrespiratória. Sofria de diabetes e problemas renais. Estava em coma havia 45 dias. O enterro foi ontem, em Porto Alegre. Não teve filhos.

obituario@grupofolha.com.br


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