Enchentes afetam as escolas, que também acomodam famílias desabrigadas

Chuva prejudicou mais os alunos no Amazonas, onde cerca de 300 mil estudantes ficaram sem aulas nas redes pública e particular

Amazonas Press

Criança em frente à escola fechada em Manaus; previsão do Estado é terminar o ano letivo somente em 2010 devido às chuvas

PABLO SOLANO
GUSTAVO HENNEMANN
DA AGÊNCIA FOLHA

JOSÉ ORENSTEIN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

As chuvas nas regiões Norte e Nordeste já deixam ao menos 397 mil alunos sem aulas, segundo as secretarias da Educação dos Estados. Os motivos são interrupções em vias, inundações nas unidades de ensino e uso das escolas como alojamento para desabrigados.
A situação mais crítica é no Amazonas, onde 300 mil estão sem aulas nas redes pública e privada, o que representa 25% do total de estudantes. O governo estima que o ano letivo só terminará em março de 2010.
No Ceará, são 59.050 alunos da rede estadual sem aulas. Cerca de 90 escolas não funcionam porque abrigam famílias ou porque as inundações impedem a ida dos estudantes.
No Piauí, 11 escolas viraram abrigos. Em Pernambuco, 1.507 alunos estão sem aula.
Em Salvador, o Colégio de Aplicação Anísio Teixeira, estadual, está sem aulas desde segunda. Ele tem 2.860 alunos. Na rede municipal, cerca de 5.000 alunos foram afetados.
No Maranhão, 29 mil alunos estão sem aulas, 37 escolas são utilizadas como abrigos e 19 estão alagadas. As férias devem ser suspensas. Mais duas mortes foram confirmadas ontem pela Defesa Civil do Estado, elevando o total para 12.
Em todo o Nordeste, pelo menos 31 pessoas morreram desde abril e quase 300 mil estão em abrigos ou em casas de amigos e parentes.
O Maranhão é o que mais sofre com a chuva no Nordeste. Além das 12 mortes, registra 124 mil pessoas fora de casa.


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