COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Dez dias após o início da campanha de preferência ao pedestre na cidade de São Paulo, há poucos agentes da CET em cruzamentos sem semáforos, locais onde é maior o conflito com os motoristas, segundo especialistas em trânsito ouvidos pela Folha.
Na última quarta-feira, a reportagem percorreu diversas vias do centro, primeira região a receber o programa das oito ZMPPs (Zonas de Máxima Proteção ao Pedestre). No trajeto, havia agentes apenas em quatro cruzamentos sem semáforo.
Dos 77 educadores de trânsito previstos pelo programa para reforçar a campanha, a reportagem achou 28 -todos em pontos com semáforo.
Sérgio Ezjenberg, especialista em acidentes de trânsito, acredita que a estratégia é para dar visibilidade. "O marketing tem efeito multiplicador na campanha", diz.
Já o engenheiro de transportes Horácio Augusto Figueira critica a estratégia. "A campanha deveria estar presente onde há poucos pedestres e não há semáforo."
Segundo a CET, os 108 agentes da campanha se revezam em cem locais, definidos pelo volume de carros e pedestres. Já os educadores ficam onde há mais visibilidade. (RAPHAEL MARCHIORI)

FOLHA.com
Veja imagens de desrespeito à campanha
folha.com.br/ct918697


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