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Batalha das velhinhas
Após mineira entrar para o Guinness , outras três brasileiras centenárias querem o título de pessoa mais velha do mundo
LUIZA SOUTO
DO RIO
O anúncio do Guinness
World Record de que a mineira Maria Gomes Valentim,
114, é a pessoa mais velha do
mundo criou polêmica e deu
início a uma disputa.
A Folha encontrou pelo
menos três outras candidatas
que podem tirar o recorde da
eleita pelo Guinness.
Odília Alves dos Santos e
Áurea de Souza e Silva têm
115 anos, segundo parentes.
Áurea é um pouquinho
mais velha que Odília: completa 116 anos em setembro.
No domingo, a Folha contou a história de Sebastiana
de Lourdes Silva, 116 completados em maio, a mais velha
das quatro centenárias que
querem o título. Bastiana, como é conhecida, mora no asilo Nicolino Gulhot, em Resende (RJ), há 24 anos.
O Guinness diz que não
procura recordistas. Interessados devem se cadastrar no
site da publicação. Em alguns casos é necessário até
pagar taxas.
A professora Elaine Vasconcellos, 37, neta de Áurea
de Souza e Silva, contou que
em dezembro encaminhou a
documentação da avó para
ser examinada pela publicação, mas não teve retorno.
Moradora da Casa Verde,
zona norte de São Paulo, Áurea nasceu na Bahia em 6 de
setembro de 1895. Tem seis filhos e criou mais seis, de seu
marido. Netos, bisnetos e tataranetos passam dos 50.
Elaine ficou chateada pelo
fato de a avó não ter sido incluída no livro. "Queria que
ela participasse, porque não
é fácil chegar aos 115 anos,
tendo enterrado filhos,
genros e netos ao longo desse
caminho", disse.
Odília Alves dos Santos
nasceu em 20 de janeiro de
1896, no interior de Minas.
Em 1939, foi para o interior de
São Paulo. Hoje, mora em Panorama, a 670 quilômetros
da capital paulista. Tem oito
filhos, dez netos, oito bisnetos e dois tataranetos.
O empresário Francisco Ricardo Rocha, 45, neto de Odília, não sabia que era preciso
cadastrar a avó para que ela
pudesse se candidatar ao título de pessoa mais velha do
mundo. "Se soubesse, teria
mandado os documentos."
Segundo o Censo 2010 do
IBGE, existem, no Brasil,
24.236 idosos acima de cem
anos, sendo 7.247 homens e
16.989 mulheres.
GUINNESS
O gerente de marketing da
editora Ediouro, Moacir Nóbrega, que representa o
Guinness no Brasil, disse que
o livro se baseia nos documentos que os próprios recordistas enviam.
"Geralmente são as pessoas que fazem contato e
mandam os documentos."
Segundo Nóbrega, mesmo
com o surgimento de outros
casos de pessoas mais velhas, provavelmente não haveria tempo hábil para que os
documentos fossem enviados e analisados, uma vez
que a próxima edição do livro, a ser lançada em setembro, está quase pronta.
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