da Reportagem Local

Os pesquisadores da Embrapa planejam inaugurar no ano 2000 um parque científico, em Brasília, onde estarão expostos os animais que participam das pesquisas do projeto Arca de Noé.
O Parque Demonstrativo da Diversidade de Animais Domésticos do Brasil, como é chamado pelos cientistas, é uma variação de parques existentes na Europa.
No sul da Inglaterra, por exemplo, há a fazenda Cotswold, que expõe os animais produzidos em cruzamentos resultantes de experiências de engenharia genética.
No parque brasileiro, além dessa espécie de zoológico do futuro, os pesquisadores querem montar uma exposição didática (dirigida principalmente para estudantes) sobre o processo científico para a preservação das raças puras.
"É preciso explicar a importância desses animais e das possibilidades que temos na mão e os motivos da tendência à extinção", diz Arthur Mariante, que coordena o projeto Arca de Noé.
Segundo ele, a maior parte dos animais que hoje fazem parte das pesquisas da Embrapa vieram ao país com os colonizadores.
"Mas quase não há mais raças puras, porque a miscigenação entre as diferentes espécies foi muito grande. E, se não preservarmos esse material puro, nunca mais teremos como resgatar características desses animais. É por isso que a preservação das raças puras, mesmo que apenas nos botijões de nitrogênio líquido, em forma de sêmen, é importante", diz. (FS)



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