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USP
Sedi Hirano foi o mais votado; reitor deve escolher nome até 23 de julho
Filosofia define lista tríplice para seu novo diretor
CLÁUDIA COLLUCCI
DA REPORTAGEM LOCAL
O professor Sedi Hirano, do Departamento de Sociologia da USP
(Universidade de São Paulo), saiu
ontem como favorito nas eleições
para diretor da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências
Humanas). Ele recebeu 83 votos
de docentes, funcionários e alunos, seguido de Ariovaldo Oliveira (geografia), com 21 votos, e Alfredo Bosi (letras), com 17.
Os três nomes compõem uma
lista tríplice que será entregue hoje ao reitor Adolpho José Melfi. O
reitor tem até o dia 23 de julho para escolher um deles.
Os nomes de Bosi e de Oliveira
aparecem mais por uma exigência regimental. A indicação de Hirano foi um consenso em todos os
departamentos da unidade, segundo o atual diretor, Francis Henrik Aubert. Isso teria levado o
professor de ciência política Leonel Itaussu a retirar sua candidatura um pouco antes do início do
pleito, conforme apurou a Folha.
O fato de ter sido o mais votado
não significa que Hirano já esteja
eleito. O reitor tem autonomia para escolher outro nome, mas, se o
fizer, corre o risco de aumentar o
clima de animosidade que se instaurou entre a FFLCH e a reitoria
desde o início da greve dos alunos
da unidade, em 30 de abril.
Os estudantes pedem a contratação de mais 259 professores. A
FFLCH tem hoje 20% dos alunos
da USP e seu quadro de docentes
corresponde a 7% do total de professores da universidade.
Ontem, Hirano preferiu não dar
entrevistas. Disse que só o fará se
for indicado pelo reitor. Em seu
"programa de governo", divulgado durante o processo eleitoral,
Hirano afirma que a "reposição
de professores deveria ser automática quando o número de docentes for inferior ao mínimo estabelecido para a manutenção da
docência e da pesquisa".
Unificação
Após a eleição, estudantes, professores e funcionários discutiram a conversa mantida no dia anterior entre um grupo de professores notáveis da unidade, funcionários, alunos e o vice-reitor, Hélio Nogueira da Cruz, em que
ficou acertada a constituição de uma comissão, formada por estudantes, representantes da FFLCH e membros da reitoria.
Na opinião da filósofa Marilena
Chauí, que faz parte da comissão
de notáveis, o ideal é que professores e alunos estabeleçam um
plano conjunto de propostas.
"Precisamos unificar a pauta de
reivindicação. Isso aumenta o
nosso poder de negociação."
Em relação à contratação de
professores, a congregação da
unidade pede mais 115, enquanto
os alunos insistem em 259.
Para a reitoria, os números são
contraditórios e isso demonstraria falta de planejamento.
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