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"Informações eram da polícia do Rio"
DA SUCURSAL DO RIO
Em mais um capítulo do bate-boca sobre a operação em Bangu
1, a governadora Benedita da Silva
(PT) disse ontem que o Ministério
Público usou informações da polícia do Rio.
"Quem passou os dados, informações com relação aos celulares,
de que era preciso fazer um rastreamento, foi a nossa polícia. O
que estranhamos é que eles não
tenham autorizado o nosso rastreamento e tenham feito sem nos
avisar, a partir das informações
que foram passadas pelo nosso
serviço de inteligência", disse a
governadora.
A Secretaria da Segurança informou que o serviço de inteligência
obteve os números dos celulares
usados pelos presos em Bangu 1 e
estava investigando o caso.
Daí a irritação quando o Ministério Público estourou a operação
usando as gravações telefônicas
resultantes da ação da Polícia Federal.
O Ministério Público reagiu
com uma nota oficial em que o
procurador-geral de Justiça do
Rio, José Muiños Piñeiro Filho,
defende a atuação dos promotores e assume as responsabilidades
pelo resultado da operação.
A nota afirma que o Ministério
Público não deixará de combater
a criminalidade e que "divergências ou mal-entendidos" entre autoridades não inibirão a ação dos
promotores.
Outra polêmica da operação foi
o fato de os promotores não terem permitido a entrada no presídio do secretário de Justiça, Paulo
Saboya, a quem o sistema penal
está subordinado.
Segundo Piñeiro Filho, houve
preocupação com a integridade
física do secretário.
Ele afirma que a operação foi
idêntica a outras já ocorridas no
Estado, realizada com autorização judicial e participação da Polícia Militar.
O procurador diz que operação
similar envolvendo outro assunto
- não revelou qual- está sendo
desenvolvida com o secretário estadual da Segurança, Roberto
Aguiar.
A nota afirma ainda que as declarações da governadora e do secretário de Justiça adjetivando de "política" a ação do Ministério Público resultaram de "natural
tensão e desconhecimento" do que se passava em Bangu 1.
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