São Paulo, segunda-feira, 21 de junho de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Maluf e Pitta agravaram desajustes

DA REPORTAGEM LOCAL

O problema financeiro de São Paulo se arrasta há várias gestões, mas agravou-se na de Paulo Maluf (1993-1996) -candidato do PP à sucessão municipal-, com a emissão de títulos municipais para o pagamento de precatórios judiciais (R$ 1,6 bilhão).
Seu sucessor imediato, Celso Pitta, renegociou a dívida em 2000 com o então presidente Fernando Henrique Cardoso, e acabou nas mãos de Marta Suplicy uma bomba-relógio, aumentando ainda mais o valor final a ser pago. O acordo elevou nesta gestão os juros de 6% para 9%.
A cidade de São Paulo é um caso isolado no país. A dívida total chega a R$ 26,1 bilhões. A relação entre a dívida e a receita é de 235,7%, bem acima dos 178,4% estipulados pela resolução 40 do Senado Federal, de 2001.
Outras capitais do país apresentam índices bem abaixo, segundo os últimos dados do Tesouro Nacional -o Rio, 77%, Porto Alegre, 28%, e Salvador, 109%.
Em maio de 2005, quando os limites voltarem a valer, o futuro prefeito de São Paulo terá de cumprir a norma. "É algo muito difícil", diz o secretário Afonso.


Texto Anterior: Administração: Será difícil ajustar dívida à lei, diz secretário
Próximo Texto: Marta entrega 5.000 títulos de moradia
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.