DA AGÊNCIA FOLHA
DA REPORTAGEM LOCAL

Às 9h06 de hoje começa oficialmente o inverno brasileiro. Previsões iniciais apontam que este será mais rigoroso que nos dois anos anteriores. Segundo órgãos meteorológicos no Sul do país, ocorrerão mais geadas, especialmente em julho, o que deve agravar o atual quadro de estiagem na região.
Segundo o meteorologista Lizandro Jacobsen, do Simepar (Sistema de Meteorologia do Paraná), mais geadas significam menos chuva. "Temperaturas mínimas deverão ficar abaixo das registradas em 2004 e 2005. Teremos manhãs mais frias e geadas. Só deverá voltar a chover no fim de agosto."
A estiagem já vem prejudicando o principal ponto turístico de Foz do Iguaçu (637 km de Curitiba). O volume de águas das Cataratas do Iguaçu atingiu 298 metros cúbicos por segundo ontem, um dos mais baixos do ano.
Em São Paulo, a previsão também é de inverno seco no Estado e na capital. A média histórica de precipitações para junho, segundo o Inmet (Instituto de Meteorologia), é de 52,5 mm. "Ainda não choveu nada e não há previsão de chuvas para os próximos dias. Mesmo assim, é cedo para afirmar que o inverno será mais seco", afirmou a meteorologista do instituto Ana Beatriz Porto.
Para Marcos Sanches, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a tendência é que o inverno fique dentro da média histórica. "Os dados parciais mostram que a temperatura nos 90 dias de inverno ficará dentro do esperado, eventualmente um pouco mais quente. As chuvas também devem ficar dentro da média esperada."
Com o inverno, aumentam os casos de gripes e doenças respiratórias. O ar seco, aliado à queda da temperatura e ao aumento da poluição contribuem para isso.
Segundo o pneumologista Clystenes Odyr Soares Silva, da Unifesp, o movimento nos hospitais chega a aumentar 30% no período.


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