São Paulo, quinta-feira, 21 de junho de 2007

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Sem chuvas, São Paulo enfrenta inverno seco

Ar seco e poluição causam doenças respiratórias

ISABELA MENA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Sem chuva há 17 dias seguidos, São Paulo entra no inverno com baixos índices de umidade do ar e condições desfavoráveis para dispersão de poluentes, o que favorece o aumento de doenças respiratórias.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, os dois únicos dias de chuva em junho foram responsáveis por 24mm, número abaixo dos 56mm esperados para a época. A estiagem, como a do ano passado, ocorre porque as frentes frias vindas do Sul desviam para o oceano antes de chegar ao Estado.
Suspensas no ar pela ausência de chuvas, as partículas de poluentes -emitidas principalmente pelos escapamentos de veículos- irritam mucosas já fragilizadas pela falta de umidade, piorando ou ocasionando doenças respiratórias.
Em contato direto com o ar poluído, os tecidos que revestem órgãos como nariz, olhos e brônquios ficam ressecados. Quem tem asma, bronquite, rinite crônica ou conjuntivite fica sujeito a crises. "É preciso, principalmente, manter a hidratação da mucosa ingerindo líquidos durante todo o dia", explica o pneumologista Ciro Kirchenchtejn, da Unifesp.
Inversões térmicas de baixa altitude (ar frio perto do solo e quente próximo da atmosfera) e períodos com pouco ou sem vento, em especial à noite, característicos da fase fria e seca, também prejudicam o ar.
O inverno começa às 15:06 de hoje oficialmente. Assim como em 2006, a previsão para este ano é de altas temperaturas, acima da média histórica.


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