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Nabantino Ramos, um modernizador da imprensa
Há 30 anos morria diretor da Empresa Folha da Manhã
JOÃO BATISTA NATALI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Há 30 anos morria José Nabantino Ramos, entre 1945 e
1962 o diretor responsável e
um dos proprietários da Empresa Folha da Manhã, que edita a Folha. Foi também tributarista, professor titular das faculdades de direito da USP e do
Mackenzie e importante divulgador no Brasil da psicanálise
freudiana.
Nabantino (1908-1979) é
considerado um dos modernizadores da imprensa brasileira.
Foi um dos primeiros a estipular com jornalistas um plano de
metas e a definir normas internas de trabalho próprias a um
manual de redação.
Com ele, os três jornais do
então Grupo Folha foram unificados num título, a Folha de
S.Paulo, em janeiro de 1960.
Durante o período de Nabantino foi construído o núcleo da
atual sede, no centro de SP, e
lançadas as bases da estrutura
de circulação do jornal.
Era um intelectual de posições liberais. Como diretor de
jornal, apoiou a construção de
Brasília e a política desenvolvimentista dos governos dos
anos 50. Defendeu maior participação institucional da classe
média e fez campanha pela
adoção da cédula única, um
obstáculo à manipulação do voto popular. Sob sua direção, a
Folha também se empenhou
na expansão do ensino e da pesquisa científica.
Nabantino nasceu em Queluz (SP). Estudou em Bauru e
São Paulo e se formou em 1934
pela Faculdade de Direito, em
seguida incorporada à USP.
Fez parte do grupo que em
1945 comprou as "Folhas", como eram chamados os três jornais, de Octaviano Alves de Lima, que na história do jornal foi
o seu segundo proprietário.
Em 1967 a Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo concedeu a Nabantino o título de sócio benemérito.
Vendeu o controle da Folha,
em agosto de 1962, aos empresários Octavio Frias de Oliveira
e Carlos Caldeira Filho.
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