São Paulo, quinta-feira, 21 de julho de 2005

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OUTRO LADO

Plano não mudou, diz presidente da fundação

DA REPORTAGEM LOCAL

No cargo desde 9 de junho, a presidente da Febem, Berenice Gianella, afirmou ontem que a construção de duas unidades na cidade de São Paulo não representa uma mudança nos planos do governo de São Paulo.
"Parece-me que em nenhum momento foi dito que não haveria unidade na capital. E São Paulo tem mais adolescentes que precisam ficar internados, até para podermos desativar o complexo do Tatuapé. Como o ECA prevê que eles cumpram a medida [de internação] perto de suas famílias, eles têm que ficar em São Paulo", afirmou à Folha.
Nenhum representante do governo afirmou que a capital paulista estaria isenta de novas unidades da Febem. Mas as duas unidades paulistanas, que devem ficar prontas até o final do ano, não foram incluídas em nenhuma das apresentações feitas pelo governador Geraldo Alckmin ou pela direção da Febem à imprensa.
Já em texto divulgado no dia 18 de março, na página do governo estadual, na internet, está escrito que as 1.640 vagas a ser criadas ficarão "fora da capital".
Gianella aguarda a transferência de recursos da Secretaria da Saúde e a elaboração do edital para dar início ao processo de construção de uma unidade especial da Febem que abrigará cerca de 40 menores com problemas psiquiátricos.
Ela afirma que duas unidades do Tatuapé foram reativadas por "absoluta necessidade", já que houve atraso em relação ao cronograma inicial de construção dos prédios novos e a direção não quis superlotar outros complexos. "Mais importante que olhar para o relógio é manter o olhar na bússola, não perder nossa rota de mudanças", afirma.
Neste ano, a Febem paulista já registrou 30 rebeliões. Em 12 meses de 2004, foram registradas 28. (FS e VR)


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